Starman viaja no espaço com cultura pop na bagagem

Astronauta da Tesla oferece "boleia pela Galáxia"
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Tesla Roadster com Starman está no espaço (Reprodução YouTube SpaceX)
Tesla Roadster com Starman está no espaço (Reprodução YouTube SpaceX)

Longe, muito longe do planeta Terra está um Tesla em órbita e ao volante do carro da empresa de Elon Musk está 'Starman', o manequim mais famoso da atualidade. Vestido de astronauta e sentado no Roadster da empresa norte-americana, o boneco que não precisou de formação da NASA para entrar no espaço, flutua pacificamente sem rota traçada. No caminho para o nada, leva ícones, memórias, comédia, embrulhados numa mensagem de paz.

Homenagem a David Bowie

'Starman' é o nome do manequim, equipado com um fato espacial, que paira no espaço desde dia 6 de fevereiro. O nome é inspirado numa das canções mais conhecidas do cantor David Bowie: ‘Starman’. Na música é narrada a história de um extraterrestre (Ziggy Stardust) que entra em contacto com jovens humanos para lhes prometer a salvação, apesar de o mundo não estar preparado para a sua mensagem.

O ‘Starman’ de Elon Musk não fala, limita-se a ficar sentado ao volante de um Tesla Roadster. Contudo, acreditamos que se falasse diria algo semelhante a um verso de ‘Space Oddity’, outro hino de Bowie: “O planeta Terra é azul e não há nada que possa fazer”.

"Não entre em pânico"

No painel de controlo do Tesla está escrita uma mensagem muito peculiar: "DO NOT PANIC" ("não entre em pânico").Trata-se de uma referência ao livro de Douglas Adams “Guia Para Quem Anda À Boleia Pela Galáxia”, de 1981. A obra cómica conta a história do jovem Arthur Dent que é salvo pelo amigo Ford Prefect - nome que partilha com um modelo da Ford produzido de 1938 and 1961- um extraterrestre disfarçado de ator desempregado e que se encontra a trabalhar, precisamente, na nova edição do 'Guia Para Quem Anda à Boleia Pela Galáxia'. Juntos, viajam pelo espaço na companhia de uma tripulação no mínimo…estranha.

Memóra e(x)terna

O Tesla tem também um ‘Arch Disk’. Não é um CD de música, mas um disco externo "indestrutível" e com capacidade para armazenar dados durante...14 mil milhões de anos!

“O nosso objetivo na Arch Mission Foundation, é arquivar permanentemente o conhecimento humano por milhares de milhões de anos. Existimos para preservar e difundir o conhecimento da humanidade através do tempo e do espaço, em benefício das futuras gerações”, explica a Fundação. “Para conseguir isso, começámos a construir bibliotecas especiais do Arch (pronunciadas: "Arks"). As nossas primeiras bibliotecas são cristais de dados que duram mil milhões de anos. Estamos muito felizes por anunciar que a nossa primeira biblioteca Arch, contém a Trilogia da Fundação Isaac Asimov,” anunciam.

Pois é, a bordo do Tesla está a obra máxima do escritor Isaac Asimov, cujos três livros foram eleitos, em 1996, melhor série de ficção científica e fantasia de todos os tempos, superando concorrentes de peso como "O Senhor dos Anéis", de J.R.R. Tolkien.

Um pouco de cultura "Made on Earth" (produzido na Terra) paira assim no espaço. Espera-se que em caso de encontro extraterrestre (antes do Tesla ser destruído pela radiação do Sol), os alienígenas tenham pelo menos algum sentido de humor.

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