Vila Real estuda e sonha com regresso das motos

Pilotos já tiveram o primeiro contacto e defendem o reforço das condições de segurança
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WTCC em Vila Real
WTCC em Vila Real

Vila Real avalia a possibilidade de acolher uma competição de motos no circuito internacional e, após as primeiras voltas pela pista, os pilotos desta modalidade gostaram da experiência, mas defendem o reforço das condições de segurança.

Vinte e quatro anos depois, as motas regressaram ao Circuito Internacional de Vila Real, cuja 48.ª edição decorre este fim de semana. Às competições automóveis, a organização juntou um festival de motos, que reuniu antigos a novos pilotos.

André Pires, de 27 anos e campeão nacional de Superbike em 2014, foi um dos pilotos que correu na pista urbana e disse à agência Lusa que “foi uma experiência inacreditável”.

Natural de Vila Pouca de Aguiar, no distrito de Vila Real, desde pequeno que o piloto ouve falar “do mítico” circuito e, por isso, era um sonho “aqui poder correr”.

André Pires disse que “a pista está boa” e “também rápida”. “Já se sabe que esta é uma pista perigosa para motos, mas os outros circuitos também são perigosos, também acontecem quedas e o risco é muito maior”, salientou.

Apesar disso, o piloto transmontano acredita que, com alterações, será possível Vila Real acolher uma competição de motos.

Por exemplo, explicou, seria necessário “alterar as linhas brancas das passadeiras, pois são um pouco perigosas para as motos já que se encontram em zonas de travagem para as curvas”.

Também o piloto Luís Pinto, de Lousada, disse que gostou da experiência, mas frisou que, para Vila Real ser uma pista de motos, teriam de ser “feitas grandes alterações”.

“Isto está preparado para carros e não motos”, referiu. Luís Pinto apontou, por exemplo, a inexistência de escapatórias.

Alexandre Laranjeira, de 60 anos, veio de propósito de França para participar no circuito de Vila Real, onde, no início da década de 90, correu e ganhou provas.

“Adorava andar no antigo circuito, na reta da meta a fundo. Agora está completamente diferente, mas, mesmo assim, está interessante”, contou à Lusa.

Com o regresso do circuito urbano, a pista ficou mais curta, mas o entusiasmo do público pelas motos mantém-se. ‘Alex’ Laranjeira disse ter ficado “com lágrimas nos olhos” por causa do carinho das pessoas que se espalharam pelo circuito e que o aplaudiram entusiasticamente.

“Vinte e quatro anos depois as motas regressaram ao circuito, num regime ainda de experimentação. Vamos agora ouvir os pilotos com atenção, mas foi obviamente um momento emocionante”, afirmou o presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos.

O autarca reconheceu que sonha com a possibilidade de a cidade acolher competições de motos, mas frisou que é uma hipótese que vai ser estudada e analisada com cuidado.

“Vamos ver, eu sou muito cauteloso, mas o sonho comanda a vida e se dependesse”, frisou Rui Santos.

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