O mau feitio que está no título é da parte de quem foi visto [e se quer fazer ver, pode perguntar-se?] Quem vê (e filma) e se sente vítima desse mau feitio comenta descrevendo a sua sorte, mas, também, a sorte que o outro acaba por ter.
Assim rezam os comentários do observador: “aparece do nada”; “a uma velocidade alta”; “depois abranda para menos do limite sinalizado”; “faz-me um break check uma vez, duas, três vezes para ter a certeza”; “quase bate no camião a sair do parque”; “continua a conduzir como um idiota”; “o karma a aproximar-se”; “adoro o facto de ele aqui tentar pôr a marcha-atrás”; “esta foi uma lição de como não parecer ‘cool’”.
O que se passou foi um Chevrolet Camaro a aparecer na frente deste condutor quando ele estava a entrar numa via à sua direita. O relator dos acontecimentos vai seguindo atrás do ‘muscle car’ frisando o que ele vai fazendo – até mais um cruzamento nos semáforos.
O que aconteceu a seguir o contador deste episódio não conseguiu prever: o Camaro vira para a esquerda quando abre o semáforo e a potência pedida ao ‘muscle car’ no arranque em curva foi de mais para manter o controlo do carro que, logo a seguir, termina o despiste a bater de frente num poste no qual fica encavalitado de frente com as quatro rodas no ar.
A partir daqui, a si só lhe falta encaixar o choque nas palavras do relator. E até já pode tê-lo feito. Mas ainda não viu mesmo o que aconteceu, pois não?