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Mobilidade em Lisboa e Porto: O que prometeram Moedas e Moreira para os próximos quatro anos

Mais ciclovias e melhores transportes públicos estão na ordem do dia de Carlos Moedas e Rui Moreira.
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Mobilidade em Lisboa e Porto
Mobilidade em Lisboa e Porto

A mobilidade tem estado no centro das preocupações políticas um pouco por todo o mundo, incluindo em Portugal. Nas autárquicas deste ano, a tendência manteve-se e a mobilidade foi tema recorrente.

Durante a campanha, Carlos Moedas, o novo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, e Rui Moreira, o reeleito presidente da Câmara Municipal do Porto, fizeram questão de abordar algumas das preocupações que têm relativamente à mobilidade nas suas cidades e apresentaram os planos que têm para os próximos quatro anos.

Partilhamos alguns dos pontos mais relevantes referidos nas campanhas eleitorais dos dois candidatos eleitos.

 

 

As propostas de Carlos Moedas para Lisboa

Carlos Moedas foi eleito presidente, ficando assim à frente da Câmara Municipal de Lisboa depois de 14 anos nas mãos do PS. Ao longo da campanha, os meios de comunicação social foram divulgando algumas das bandeiras do antigo comissário europeu para a capital do país.

A mobilidade foi um dos pontos mais abordados por Carlos Moedas que pretende apostar numa mobilidade mais barata. No âmbito dos transportes individuais, há a proposta de baixar os preços do estacionamento em 50% em Lisboa para todos os moradores.

Já no âmbito dos transportes públicos, o plano passa por incentivar os lisboetas a apostar no metro e nos autocarros. Para isso, Carlos Moedas propõe tornar os transportes públicos gratuitos para menores de 23 anos e maiores de 65 anos. A nova linha circular também foi alvo de revisão. O ex-comissário europeu pretende unir a futura linha amarela do metro e a circular numa linha em laço, de forma a evitar transbordos de quem vem de Odivelas para o centro de Lisboa.

A rede de ciclovias em Lisboa será melhorada e serão criadas novas pistas com foco na segurança, confortabilidade e funcionalidade. Uma delas será uma ciclovia contínua que acompanha o rio e que liga Algés ao Parque das Nações. Ciclovias já criadas, mas problemáticas, como a da Almirante Reis, vão ser eliminadas.

Eliminar a barreira ferroviária entre a cidade e o Tejo também parece ser uma vontade do novo Presidente da Câmara de Lisboa, que quer tornar a linha de superfície do comboio que une o Cais do Sodré a Algés, em uma linha subterrânea, aonde tal for possível.

 

 

As propostas de Rui Moreira para o Porto

Nos últimos dois mandatos, Rui Moreira já tinha começado os projetos para tornar a cidade invicta mais sustentável e com melhor mobilidade. No programa eleitoral do candidato, foram abordados seis eixos, entre eles o da “mobilidade”.

No plano apresentado por Rui Moreira, as ciclovias e a mobilidade a pé foram tidas em antenção. Promover ligações cicláveis intermunicipais entre o Porto e Gondomar e Porto/S.Mamede, consolidar redes de ciclovias internas da cidade e investir na rede de percursos pedonais assistidos, com a conclusão do elevador do Palácio de Cristal, são medidas que são referidas e deverão ser tomadas nos próximos quatro anos.

Descongestionar a Via de Cintura Interna (VCI), que recebe diariamente mais de 250 mil veículos, está também na lista de afazeres de Rui Moreira. O candidato eleito pretende retirar as portagens na Circular Regional Exterior de forma a desviar o trânsito caótico da VCI.

Os transportes públicos também vão ser alvo de melhorias, segundo a proposta apresentada. O Terminal Intermodal de Campanhã (TIC) vai ser inaugurado. Desta forma, Campanhã que já tinha linha de metro e estação de comboios, passa a ter um terminal de autocarros. Também vão ser criados corredores de autocarros de alta qualidade para servir várias zonas da cidade.

Já na área da mobilidade sustentável, pretende-se renovar as frotas municipais com veículos elétricos e aumentar a rede de carregadores elétricos no Porto.

Por último, e com o intuito de tornar as cidades mais seguras para peões e condutores, planeia-se instalar semáforos para peões com sinal verde exclusivo, assim como colocar balizar flexíveis e dissuasores metálicos nos passeios de forma a evitar manobras que possam por em risco a segurança de quem se desloca a pé.

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