Dakar 2019: Hélder Rodrigues e Rúben Faria no apoio a Paulo Gonçalves

Equipa da Honda contratou os dois antigos pilotos português para ajudar a terminar com o domínio da KTM no Dakar
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Paulo Gonçalves e Hélder Rodrigues (Honda)
Paulo Gonçalves e Hélder Rodrigues (Honda)

O piloto português português Paulo Gonçalves conta na edição deste ano do Dakar  com a ajuda de dois antigos adversários Hélder Rodrigues e Rúben Faria, que integram a estrutura da Honda na 41.ª edição da prova.

O piloto de Esposende, segundo classificado em 2015 nas motos, tem, este ano, a ajuda de dois ‘pesos pesados’ do TT nacional. Os antigos pilotos Hélder Rodrigues e Rúben Faria foram contratados no final de 2018 pela equipa oficial da Honda como ‘riders advisor’ e ‘team manager’, respetivamente, numa estrutura que contava já com Bianchi Prata como responsável da logística e Marco Reis como mecânico.

"São antigos pilotos, com muita experiência, e que terminaram ambos no pódio. Têm por função apoiar-nos durante a corrida e ajudar com alguma dúvida que nos surja. Participarão mais na preparação do ‘road book’ e na abordagem à especial seguinte. Somos cinco pilotos na equipa e podemos não estar atentos a todos os pormenores, pelo que nos vão ajudar com a sua experiência", explicou Paulo Gonçalves à agência Lusa.

Hélder Rodrigues participou em 11 edições da prova, entre 2006 e 2017, somando oito vitórias em especiais e dois terceiros lugares, em 2011 e 2012, com a Yamaha. A última participação do antigo piloto aconteceu  em 2017, tendo terminado na nona posição.

Rúben Faria foi segundo classificado em 2013, pela KTM, contando dez participações, em 2017 assumiu o cargo de diretor desportivo da equipa da Husqvarna no Dakar e no ano passado foi navegador do treinador de futebol André Villas-Boas, num Toyota. A dupla portuguesa teve de abandonar na quarta etapa, na sequência de um acidente numa duna.

Paulo Gonçalves explicou que a iniciativa de contratar os antigos pilotos "partiu da própria equipa da Honda, que procurava experiência" para ajudar os seus pilotos.

Aos 39 anos, Paulo Gonçalves, parte para a 41.ª edição do Rali Dakar com o objetivo de "terminar", depois de ter sofrido uma queda no dia 07 de dezembro, que o levou à mesa de operações para retirar o baço. Uma lesão ainda recente e que o impediu de concluir a preparação da melhor maneira.

"Sinto-me fora da forma ideal, mas com determinação para atingir o objetivo", garantiu o piloto de Esposende, que no ano passado ficou de fora devido a lesões no ombro esquerdo e joelho direito.

Este ano, o cenário esteve quase a repetir-se depois de uma queda que sofreu na última prova do Campeonato Nacional de Rally Raid e que o obrigou a a ser submetido a uma intervenção cirúrgica no Hospital de Évora em que viu ser retirado o baço: “A queda não foi nada de especial. Levantei-me logo, mas como estava indisposto, fui ao hospital. Fui logo operado", recorda o piloto português da Honda .

Apesar de ter recebido luz verde dos médicos para estar no Dakar, Paulo Gonçalves , sabe que terá de "tentar não ter nenhum acidente que possa provocar um grande impacto na zona abdominal".

"O Dakar nunca é fácil. Sobretudo para quem está fora da forma ideal. Estou a recuperar dos pontos, mas também perdi muito sangue. Foram cerca de três litros. Por isso fui operado de urgência. Nas últimas semanas, a recuperação foi, sobretudo, para repor os níveis de hemoglobina, que ficaram muito baixos", explicou o piloto da Honda.

O facto de ser uma prova mais curta, com dez etapas em vez das habituais 14, deixa Paulo Gonçalves de ‘pé atrás’. "Com certeza que a organização preparou muitas armadilhas para manter a corrida em aberto. Grande parte do percurso será disputada em dunas e em areia, pelo que será muito desgastante em termos físicos e mecânicos. Com areia e dunas haverá muita navegação", observou o piloto português

 

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