Paulo Gonçalves troca Honda pela Hero com a ambição do Dakar na Arábia

Piloto português está "entusiasmado" com a nova moto para atingir o "principal objetivo"
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Paulo Gonçalves
Paulo Gonçalves

Paulo Gonçalves é o mais recente reforço da Hero Motorsports, equipa com a qual o piloto português espera lutar pela vitória no Dakar.

O piloto de Esposende deixa a Honda ao fim de cinco anos, período que foi marcados por lesões que limitaram as possibilidades de lutar pela vitória na prova rainha de todo-o-terreno, "o principal objetivo" de cada temporada.

"Estou bastante entusiasmado. Espero estar à altura do desafio e que a equipa cresça", comentou Paulo Gonçalves, que se junta ao cunhado Joaquim Rodrigues Jr. na equipa da marca indiana.

Para além dos dois portugueses, alinham ainda com as cores da Hero o espanhol Oriol Mena e o indiano Chunchunguppe Santosh, numa estrutura preparada pela equipa alemã Speedbrain, que já foi responsável pela participação no Dakar da BMW e da Honda.

"É uma estrutura que eu conheço bem e com a qual consegui o segundo lugar no Dakar e o título de campeão do mundo de todo-o-terreno em 2013", sublinhou Paulo Gonçalves À agência Lusa.

A notícia desta mudança surge no dia em que foi oficializada a mudança do Dakar da América do Sul para a Arábia Saudita – como já aqui tínhamos adiantado.

“Depois de 30 anos a descobrir África e de 10 anos maravilhado com as paisagens sul-americanas, o maior rali do mundo vai escrever um novo capítulo nos profundos e misteriosos desertos do Médio Oriente, na Arábia Saudita”, indica o comunicado da ASO referido pela Lusa confirmando que o acordo assinado é válido por cinco anos.

Agora no Médio Oriente, Paulo Gonçalves mantém o sonho de conquistar a maior maratona de todo-o-terreno do mundo: "Sou um privilegiado pois, estando à partida da próxima edição, alinho na prova em três continentes diferentes. Fiz os dois últimos em África e dez dos 11 que se disputaram na América do Sul."

Paulo Gonçalves acredita que esta mudança "vai trazer uma nova dinâmica à prova". "Vamos todos ao desconhecido e em igualdade de condições. Na América do Sul já nos sentíamos em casa, mas agora mudamos todos. Não há pilotos que vivam na região e que possam treinar naquelas pistas até ao dia da prova, enquanto os europeus estavam impedidos de treinar nos seis meses antes da competição", explicou.

O piloto português de 40 anos já treina com a nova moto, que considera "muito interessante", depois de ter recuperado de uma queda sofrida na edição deste ano do Dakar, que lhe provocou a compressão de vértebras e um traumatismo craniano.

"A próxima corrida será a segunda etapa do Mundial, a Rota da Seda, que tem mais de Dakar do que o próprio Dakar deste ano. São dez dias seguidos e o percurso atravessa três países (Rússia, Mongólia e China) quando, em 2019, o Dakar teve dez dias, mas com um de descanso pelo meio e as pistas desenhadas num único país", apontou.

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