As FIGURAS do ano

Balanço de 2017
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Lewis Hamilton - GP do México (Reuters)
Lewis Hamilton - GP do México (Reuters)

O ano de 2017 não teve campeões em estreia nas principais categoria do desporto motorizado. Pelo contrário os vencedores dos títulos como Lewis Hamilton, Marc Márquez ou Sébastien Ogier reforçaram os estatutos entre os mais titulados do seu desporto vincando que não são campeões por acaso, mas candidatos aos recordes dos melhores de sempre. Por outro lado, houve quem não ganhasse títulos, mas mostrasse que a próxima vitória pode estar já ao virar da próxima curva.

LEWIS HAMILTON

O principal feito de Lewis Hamilton em 2018 foi, no fim de contas, o título Mundial de Pilotos de Fórmula 1. Mas além do tetracampeonato, o piloto inglês da Mercedes abrilantou uma segunda parte luxo da época 2017 com recordes marcantes na história da F1. Se antes da paragem de verão já tinha estabelecido o recorde de três grand slams na mesma temporada – ganhar da pole-position com a volta mais rápida –, Hamilton regressou das férias imparável e em Spa igualou as 68 poles de Michael Schumacher. Na semana seguinte tornou-se recordista absoluto em Monza. Nos EUA (a 17.ª prova de 20), Hamilton estabeleceu o recorde absoluto de pole-positions em 72 e desempatou também com Schumacher nas partidas da primeira linha: passou a ter 118 como nenhum outro. Uma corrida depois, no México, garantiu o quarto título mundial da carreira na F1 a duas provas do final da época.

SÉBASTIEN OGIER

Tetracampeão em título do WRC pela Volkswagen, Sébastien Ogier prolongou o seu mediatismo quando a marca alemã anunciou a saída do Mundial de Ralis n final da época 2016. O piloto francês passou a ser o protagonista maior para se saber se defenderia (e por quem) o tetracampeonato. Ainda antes de entrar em 2017, Ogier anunciou que continuava no WRC pela M-Sport. E entrou numa equipa nova com um carro novo a ganhar: venceu o Rali de Monte Carlo. O piloto do Ford Fiesta só repetiu nova vitória em Portugal – o segundo classificado do Mundial, Thierry Neuville, conseguiu quatro triunfos no ano – mas a sua consistência e regularidade de campeão ao longo da temporada terminaram com a revalidação do título e a conquista do «penta» a uma prova do final.

MARC MÁRQUEZ

Um campeão em título tem tudo a perder e pouco mais a ganhar do que conseguir revalidar o título. Foi o que Marc Márquez fez. O piloto espanhol da Honda obteve o bicampeonato e o quarto título da carreira no MotoGP (em cinco épocas) – para um total de seis campeonatos em todas as categorias. O domínio de Márquez nos últimos tempos fica abrilhantado nesta época em que a incerteza do título durou até á última corrida numa temporada de grande espetáculo. Se o arranque do campeonato foi marcado por um super Maverick Viñales, a reação de Márquez não surgiu isolada. Andrea Dovizioso recolocou a Ducati na luta pelos títulos de pilotos para uma segunda parte da temporada emocionante. O campeão espanhol teve de lutar – e muito – com o italiano numa demonstração do seu talento cuja superação da réplica adversária só destacou ainda mais o valor da sua vitória.

MIGUEL OLIVEIRA

Um final de época estrondoso com três vitórias consecutivas nas últimas três corridas do Mundial de Moto2 não só consolidaram Miguel Oliveira no terceiro lugar final do campeonato da categoria intermédia como colocaram o piloto português entre os mais respeitados e favoritos ao título para o ano de 2018. Numa moto nova com uma equipa em estreia, Miguel Oliveira trabalhou muito e bem no desenvolvimento da KTM de Moto2 conseguindo bons resultados desde início, como a pole-position à segunda corrida do ano, na Argentina – voltaria a obter uma segunda pole em Aragão. O total de nove pódios ao longo da época 2017 com o tal final dominante não foi senão o resultado de um ano de trabalho e resultados reconhecido logo a meio do período quando a casa mãe (já a pensar num futuro a médio prazo...) o levou a testar a KTM de MotoGP.

FERNANDO ALONSO

A época a Fórmula 1 foi um desastre que terminou com a separação entre a McLaren e a Honda. Mas, além de um talento, Fernando Alonso é um fenómeno. E levou consigo a aura de estrela do desporto automóvel na aventura na IndyCar. A participação do espanhol nas históricas 500 Milhas de Indianápolis (ainda por cima prescindindo de participar no GP do Mónaco de F1) foi uma das sensações do ano no desporto na sua generalidade. E Alonso não desiludiu. Se a expetativa gerada pelo bicampeão mundial de F1 aumentou o interesse local numa clássica do automobilismo norte-americano – com o aumento contabilizado de público nas plataformas online – também do lado de cá do Oceano Atlântico a Indy 500 foi vista este ano com outros e mais olhos. No plano desportivo, aí, claro está, Fernando Alonso deu um espetáculo condizente com a sua qualidade. Chegou a ter a volta mais rápida, partiu da segunda linha da grelha (com o quinto melhor tempo), e liderou a prova durante quase 30 das 200 voltas mantendo-se na luta pela vitória até o motor Honda do McLaren da equipa Andretti falhar a 11 voltas do fim...

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