F1 em Portugal: "Até meados da próxima semana a situação deve estar resolvida"

Circuito português tem todas as condições sanitárias para receber a F1
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Paulo Pinheiro (Lusa)
Paulo Pinheiro (Lusa)

O administrador do Autódromo Internacional do Algarve (AIA), garantiu agora que o circuito português tem todas as condições sanitárias para a realização de uma prova de Fórmula 1 e que uma decisão final deve ser tomada na próxima semana.

Em entrevista à agência «Lusa», Paulo Pinheiro, sublinhou que o desejado regresso da F1 a Portugal não será comprometido pelas condições sanitárias do circuito.

“Estamos a trabalhar afincadamente na garantia da Fórmula 1 para Portugal. É um processo complexo, complicado e difícil. Neste momento, estamos a tentar dar todos os passos necessários e pensamos que até meados da próxima semana a situação deve estar resolvida”, sublinhou Paulo Pinheiro.

O responsável pelo AIA acrescentou ainda que nas últimas 24H Endurance disputada em 12, 13 e 14 de junho, foi possível comprovar que "todos os procedimentos que pretendem demonstrar à F1 são passiveis de ser implementados no Autódromo e correram bem. Toda a gente a respeitar as regras”.

Num evento desta magnitude a segurança “é importante” e por isso Paulo Pinheiro destacou, por isso “todos os participantes são testados diariamente” e qualquer caso que ocorra “pode ser isolado rapidamente”

O surgimento de um surto de covid-19 nos últimos dias em Lagos, a poucos quilómetros do AIA, não perturba Paulo Pinheiro, em relação à possível vinda da F1 em final de setembro ou outubro, mas espera que sirva de alerta.

“Temos de refletir na nossa postura e atitude e voltar a ter uma correção nas normas de utilização da máscara e no distanciamento social no dia-a-dia. Depois de uma paragem de três meses custa-nos que por uma irresponsabilidade de alguns tenhamos de passar por uma situação similar", sublinhou Paulo Pinheiro.

O responsável pelo circuito de Portimão reconheceu ainda que o regresso da F1 seria “o maior evento que Portugal já teve desde o Euro2004", já que é o que tem “mais mediatismo e impacto económico a nível mundial” em toda a sua envolvência.

No entanto, alertou que a logística e organização de uma prova “desta dimensão envolve custos que dificilmente podem ser suportados apenas pelo circuito”.

Já no que toca ao público, a intenção é ir dos “30 a 60% da capacidade do circuito, respeitando as regras de distanciamento e de acesso às bancadas”, como acontece num restaurante, avançou Paulo Pinheiro, que se mostrou disponível para “adaptar os procedimentos que a Direção-Geral da Saúde entender”, defendendo que “é fundamental que o evento tenha público, dentro do limite que é aceitável”, concluiu o responsável do AIA em entrevista à agência «Lusa».

O início do Mundial de F1 estava previsto para o dia 15 de março, na Austrália, mas a prova foi cancelada devido à pandemia de covid-19. A competição arranca em 05 de julho com oito corridas na Europa, entre julho e setembro, esperando a organização divulgar nas próximas semanas o calendário alargado, que deve ter um total de 15 a 18 corridas até dezembro.

Para já, as primeiras corridas não terão público nas bancadas, mas mantém-se a esperança de que nos próximos meses a situação permita o regresso dos adeptos.

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