F1: Mercedes "desdramatiza" regra dos três motores

Andy Cowell rejeita necessidade de recorrer a uma "nova ciência"
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Lewis Hamilton - GP Abu Dhabi (Reuters)
Lewis Hamilton - GP Abu Dhabi (Reuters)

A regra dos três motores na Fórmula 1 deixou equipas como a Mercedes com os nervos à flor da pele. Andy Cowell, diretor executivo da Mercedes AMG High Performance Powertrains, chegou a classificar a medida como “uma loucura” sobretudo por questões económicas.

Se a F1 justifica a mudança no regulamento com a redução de custos de fabrico para as equipas, Cowell garante que os efeitos serão os opostos. Ou seja, com apenas três unidades de potência disponíveis, as equipas têm de contar com produtos fiáveis. E para que tal aconteça, é necessário mais desenvolvimento, um maior número de testes e muita mecânica à mistura. Tudo junto resulta numa conta muito mais pesada.

Ainda assim, Cowell tem um discurso mais ponderado no que diz respeito à nova medida quando inserida no contexto do “curso natural” da F1. Defende que o limite de três motores não irá impor “uma nova ciência” para a equipa, mas sim um maior cuidado na gestão.

"A mudança para três motores significa que é necessário controlar um motor para sete corridas em vez de cinco”, explicou Cowell em entrevista ao site Motorsport.com.“Nos últimos 10 anos cada motor teve um aumento real de durabilidade, por isso não é novidade, é só um número diferente. Há que saber gerir o motor de modo a que este seja capaz de fornecer qualidade entre a classificação e a corrida”, garantiu o engenheiro que acredita que os motores serão tão potentes quanto os do ano passado.

“Isto é algo que os engenheiros estão acostumados a fazer, e a nossa ambição é sempre evitar comprometer o nosso ritmo de classificação, ou de corrida, abandonos ou punições na grelha”, concluiu.

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