FPAK: Portugal está fora, mas coloca-se “à porta” da F1 para 2021

Presdiente da federação portuguesa não descarta nova oportunidade para receber o Grande Circo
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George Russell (Lusa)
George Russell (Lusa)

O calendário provisório do Mundial 2021 de Fórmula 1 foi revelado nesta terça-feira e Portugal está ausente da agenda anunciada, mas o presidente da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK) está confiante em novo “ano de oportunidade” no futuro.

“Com a instabilidade que vivemos, estou convencido de que pode voltar a haver alterações e países que, pelas mais diversas circunstâncias, não possam organizar corridas. Como os agentes intervenientes da Fórmula 1 gostaram muito do circuito [de Portimão] e da forma como tudo decorreu do ponto de vista organizativo, nós podemos estar sempre à porta de fazer parte do Grande Circo”, explicou Ni Amorim à agência Lusa.

O Autódromo Internacional do Algarve (AIA) recebeu no passado mês de outubro de forma extraordinária o Mundial de F1 devido ao atribulado ano desportivo em sequência da pandemia de covid-19, mas a revelação do calendário recorde de 23 corridas para 2021 deixou Portimão de fora no próximo ano.

“Foi tudo muito em cima e já sabíamos que 2021 seria complicado, mas vamos continuar a batalhar por isso. Falámos imenso com a Federação Internacional do Automóvel (FIA) e aprendemos muito nestes fins de semana de Fórmula 1 [23 a 25 de outubro] e do Campeonato Mundial de Karting [05 a 08 de novembro]”, destacou Ni Amorim.

O presidente da FPAK frisou ainda o “balanço positivo” da corrida realizada há duas semanas no Algarve, que contou com público nas bancadas, tendo “ficado com uma orientação sobre como proceder no futuro para alcançar objetivos”.

“Os pilotos gostaram do traçado e acharam a pista bastante segura, atual e moderna. Viram que Portugal tem espaço para albergar todo o programa, sobretudo com corridas de apoio [Fórmula 2, Fórmula 3 e Porsche Supercup]. É outro argumento a nosso favor, até porque nem todos os circuitos têm essa capacidade neste momento”, considerou o dirigente.

A FPAK aguarda por “estudos económicos” que permitam “fazer ver ao Governo que o evento é altamente rentável” lembrando a obrigatoriedade de o país pagar uma taxa inicial de “muitas dezenas de milhões de euros para poder integrar o Grande Circo”.

“A própria promotora Liberty e a Formula One Management têm de nos facultar esses elementos. Quando vierem, serão trabalhados e falados com quem de direito. Queremos voltar a dizer aos organizadores que, se houver algum percalço em 2021, aqui estamos. Já integrar em definitivo o campeonato em 2022 depende do Governo”, concluiu Ni Amorim.

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