O campeão do mundo de Fórmula 1, Lewis Hamilton, tem sido uma das vozes do mundo do desporto na luta contra o racismo, após a morte de George Floyd, nos Estados Unidos
O piloto britânico da Mercedes revelou agora que nos últimos tempos tem recordado algumas situações que viveu na sua infância.
“Eu tenho lido todos os dias para tentar ficar por dentro de tudo o que está acontecendo na luta contra o racismo, e os últimos dias trouxeram de volta algumas situações mais dolorosas da minha infância. Memórias nítidas dos desafios que enfrentei quando era criança. Tenho a certeza de que muitos dos que sofreram racismo ou alguma forma de discriminação enfrentaram a mesma situação. Falei muito pouco sobre minhas experiências pessoais porque me ensinaram a não mostrar fraqueza. Quando estava fora da pista fui vítima de bullying e agredido, por isso a única maneira de lutar contra essa situação foi aprender defender-me e aprendi karaté”, revelou Hamilton numa publicação no Instagram.
Na mensagem que deixou aos seus fãs, Hamilton lembrou ainda o seu pai que esteve sempre do seu lado.
“Graças a Deus eu tinha o meu pai por perto, uma forte figura negra que eu podia admirar, que eu sabia que entendia e ficaria do meu lado, independentemente do que acontecesse. Nem todos nós temos isso, precisamos de estar com aqueles que podem não ter esse herói para se apoiarem e os proteger. Temos de estar unidos”, acrescentou Hamilton.
O piloto da Mercedes lembrou ainda que o ano de 2020 não começou bem, mas que pode acabar por se tornar num ano importante.
“2020 pode ser o ano mais importante de nossas vidas, onde finalmente podemos começar a mudar a opressão sistémica e social das minorias. Nós só queremos viver, ter as mesmas oportunidades de educação, de vida e não ter medo de andar na rua, ir à escola, entrar numa loja, seja ela qual for. Nós merecemos isso tanto quanto qualquer um. A igualdade é fundamental para o nosso futuro, não podemos parar de combater nesta luta. Eu nunca vou desistir!”, concluiu Lewis Hamilton.⠀