Faltam três corridas para o final do MotoGP: e o que falta a Miguel Oliveira?

Piloto português tem um top 10 a defender, mas mais a ganhar também
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Miguel Oliveira (imagem MotoGP)
Miguel Oliveira (imagem MotoGP)

A três provas do final do Mundial de MotoGP, Miguel Oliveira depara-se ainda com vários cenários – uns melhores e outros piores, claro – para saber como vai terminar a sua terceira época na categoria rainha do motociclismo de velocidade – que é a primeira na equipa oficial da KTM.

O piloto português está atualmente no 10.º lugar da classificação do campeonato com 92 pontos – com mais 10 pontos do que o 11.º, Jorge Martín (Pramac Ducati), e menos 6 pontos do que o 9.º, Maverick Viñales (Aprilia). Na época passada, o Falcão terminou com a KTM da satélite Tech3 no 9.º posto do campeonato.

Assim, para o piloto português, que também ainda só venceu uma corrida neste ano em relação às duas corridas do ano passado, ficar fora do top 10 é algo ‘impensável’ – e ele só pensará, obviamente, em melhorar ainda a posição em que atualmente se encontra.

O que se afigura agora, portanto, para Miguel Oliveira é, no mínimo, fugir de Martín e aproximar-se de Viñales (que mudou, entretanto de equipa e de moto, da Yamaha para Aprilia). Há três corridas para isso e, de entre elas, duas vão ser feitas em pistas onde já se correu neste ano.

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O GP da Emilia Romagna deste fim de semana vai realizar-se em Misano, no Circuito Marco Simoncelli, e o GP do Algarve (a 7 de novembro) vai realizar-se em Portimão, no AIA – respetivamente, palcos dos já cumpridos grandes prémios de São Marino e de Portugal. Só a última das três provas que faltam – o GP da Comunidade Valencia – vai estrear o Circuito Ricardo Tormó nesta época.

Tendo isto em conta, pode ver-se o que Miguel Oliveira conseguiu em Portimão e São Marino relativamente a estes dois adversários. O Falcão terminou no 16.º lugar no GP de Portugal e em 20.º na outra prova – ou seja, não pontuou.

Face a Jorge Martín, o cenário não intimida Oliveira, pois o espanhol também não levou qualquer ponto daquelas duas corridas. E (se por razões diferentes, claro, que não envolvam as quedas que houve) ambos mantiverem prestações idênticas, o Falcão terá via aberta para assegurar o top 10 em Valência sem ser preciso terminar à frente do espanhol.

Para lá de muitas contas decorrentes de vários cenários pela classificação final, Miguel Oliveira precisará ‘apenas’ de garantir que não perde mais de 10 pontos e isso ficará desde logo assegurado com um terceiro lugar em Valência independentemente do que fizer Martín.

já em relação a Viñales, o português está em ‘desvantagem’ relativamente ao que ambos conseguiram neste ano em Portimão e São Marino. O espanhol foi 11.º no Algarve e 13.º em São Marino somando 8 pontos (5+3) – e, como se disse, Oliveira não pontuou.

KTM / Rob Gray - Polarity Photo

Assim, para chegar ao nono lugar, se a história se repetir nos respetivos antepenúltimo e penúltimo capítulos deste ano, o Falcão poderá (neste exercício com a devida especulação assumida) ter de recuperar 14 pontos em Valência.

Se for esse o caso, Miguel Oliveira terá obrigatoriamente de ser terceiro no Ricardo Tormo e Viñales não poderá ficar acima do 14.º lugar. Esse é o cenário mínimo de vários outros que também existirão. Mas, se o espanhol for quarto classificado na última corrida, com 14 pontos de vantagem que obtenha garantirá o nono lugar ao português.

Outra disputa direta em que Miguel Oliveira se vê envolvido é com o seu companheiro de equipa na KTM, Brad Binder. O sul-africano tem mais 39 pontos do que o piloto português, com apenas um máximo de 75 em jogo (por três vitórias).

Desta forma, para Oliveira passar o atual sexto classificado Binder precisa de fazer 36 pontos sem que o sul-africano faça algum nas três provas que faltam. Esses 36 pontos podem ser conseguidos, na maximização das hipóteses, com uma vitória (25) e um quinto lugar (11); especulando ‘por baixo’, três quartos lugares (13 pontos cada) somam os 36 também.

Refere-se de novo que as contas imediatamente supra incluem zero pontos para Binder. Mas, se o sul-africano for pontuando, mais contas e variáveis há a fazer e a ter em consideração. Uma coisa é já, todavia, certa: se, na próxima corrida, Binder fizer mais 12 pontos do que Miguel Oliveira, o piloto português já não poderá chegar ao atual sexto lugar do seu companheiro de equipa na KTM.

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