As marcas que o MOTOGP deixou em 2018

Balanço do ano na categoria rainha do motociclismo de velocidade
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Marc Márquez (Reuters)
Marc Márquez (Reuters)

Com o ano a chegar ao fim é hora de fazer o balanço à última temporada de MotoGP. Numa época longa, escolhemos alguns dos momentos que marcaram a temporada de 2018 da classe rainha.

Marc Márquez é pentacampeão

Em 2018, Marc Márquez fez história ao sagrar-se, aos 25 anos e 246 dias de idade, o mais jovem pentacampeão mundial de MotoGP.

A festa do título aconteceu no GP do Japão, onde Márquez voltou a bater tudo e todos, igualando os cinco títulos conquistados por Michael Doohan, entre 1994 e 1998. O espanhol da Honda subiu ao pódio dos pilotos mais titulados de sempre ficando apenas atrás dos oito títulos de Giacomo Agostini e dos sete de Valentino Rossi - ainda em atividade.

Com este triunfo, o espanhol deixa para trás na galeria dos campeões alguns dos nomes maiores da modalidade, como os britânicos Geoff Duke, John Surtees e Mike Hailwood e o norte-americano Eddie Lawson, que conquistaram quatro títulos na categoria rainha.

A vitória obtida no Grande Prémio do Japão permitiu ao espanhol juntar o título de 2018 aos que ganhou em 2013, 2014, 2016 e 2017.

Com cinco títulos conquistados em apenas seis épocas na classe principal (falhou apenas em 2015, ao terminar no terceiro lugar), Márquez reúne todas as condições para se tornar no piloto com o maior número de títulos de sempre, pois soma ainda um em 125 cc (2010) e outro em Moto2 (2012).

A despedida de Dani Pedrosa

Após 18 anos no mundial de velocidade onde conquistou três Campeonatos do Mundo, um na categoria de 125 cc e dois de 250 cc, tendo conseguido 54 vitórias, 153 pódios e 49 ‘poles’, Dani Pedrosa deixou em 2018 o MotoGP sem nunca ter conseguido alcançar um título de campeão na classe rainha, onde chegou em 2006.

Pedrosa percebeu que não teria mais espaço na Honda depois da chegada de Alberto Puig como diretor de equipa e sem proposta para renovar o seu contrato com a sua equipa de sempre abandonou as corridas de MotoGP para passar a assumir o lugar de piloto de testes da KTM.

O cancelamento do GP da Grã-Bretanha

O GP da Grã-Bretanha era a 12.ª ronda da temporada e tinha lugar em Silverstone. Mas a prova acabou por não se realizar, depois de muita polémica, por causa da chuva intensa que se fez sentir ao longo do fim de semana.

Apesar das tentativas da organização e da Dorna para realizar a corrida na segunda-feira os pilotos e as equipas não mostraram recetíveis a essa possibilidade e a corrida acabou mesmo cancelada.

Para encontrar uma situação semelhante àquela que se viveu em Silverstone neste ano é necessário recuar a 1980.

A Dorna, agastada com a situação, apressou-se a alterar os regulamentos e, assim, a partir de 2019, as corridas podem mesmo ter lugar numa segunda-feira se as condições do tempo não permitirem a sua realização ao domingo.

A ‘guerra’ de Lorenzo com a Ducati

A falta de resultados de Jorge Lorenzo com a Ducati ao longo de 2017 acabou por deixar os homens de Borgo Panigale com os cabelos em pé no inicio da temporada de 2018.

Claudio Domenicali apontou o dedo várias vezes aos espanhol e deixou mesmo um ultimato para Lorenzo mostrar todo o seu valor até à corrida de Mugello.

A juntar às criticas feitas pelo homem forte da Ducati, também Andrea Dovizioso, companheiro de equipa de Lorenzo, ‘disparou’ várias vezes na direcção do espanhol.

A verdade é que Lorenzo arrasou em Mugello e venceu a corrida. Mas já era tarde para fazer as pazes com a equipa de Borgo Panigale e o espanhol assinou depois pela Honda.

Até ao final da temporada,.Lorenzo venceu ainda a corrida de Barcelona e mais tarde o GP da Áustria. E só o facto de ter sofrido uma queda no GP de Aragão impediu o espanhol de lutar por mais vitórias com a Ducati até final da época.

Lorenzo acabou o campeonato no nono lugar, mas continua a ser tricampeão do mundo de MotoGP.

O pesadelo da Yamaha

2018 foi um ano negro para a Yamaha que não conseguiu inverter a tendência de falta de resultados que já vinha de 2017.

A marca nipónica precisou de 25 corridas para voltar a ver um dos seu pilotos a subir ao lugar mais alto do pódio.

Aconteceu no GP da Austrália onde Maverick Viñales levou a Yamaha à vitória, o que não acontecia há mais de um ano.

Valentino Rossi foi a voz do descontentamento e depois de ter lutado pela liderança do campeonato e acabou por terminar a temporada de 2018 no terceiro lugar, mas sempre com queixas sobre o motor da sua Yamaha, que ao longo da temporada esteve sempre longe de poder acompanhar o ritmo mais forte das Honda e das Ducati

Divorcio da Tech 3 com a Yamaha

A longa e histórica parceria entre a Yamaha e a Tech 3, uma das mais respeitadas equipas privadas do plantel de MotoGP, chegou ao fim em 2018.

Foi o ponto final numa ligação de 20 anos que começou na já extinta categoria de 250 cc e que acabou este ano depois de Hervé Poncharal, homem forte da Tech 3, ter anunciado que em 2019 vai passar a assumir o estatuto de nova equipa satélite da KTM.

A verdade é que Poncharal não gostou de saber que os 20 anos de ligação com a marca do diapasão poderiam nada valer no dia em que Valentino Rossi decidisse levar a sua equipa, a VR46, para o MotoGP, ainda que esse dia ainda possa estar longe.

Sem saber quando isso pode vir a acontecer, Poncharal tratou de encontrar uma nova parceria com outro fabricante e o novo ‘casamento’ acontece já em 2019 com Miguel Oliveira como um dos pilotos desta nova equipa..

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