Salários de milhões no MotoGP são um campeonato ainda sem lugar para Miguel Oliveira

Marc Márquez lidera (de longe) a lista dos mais bem pagos do pelotão
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Miguel Oliveira (imagem MotoGP)
Miguel Oliveira (imagem MotoGP)

Os gastos das equipas de MotoGP com os pagamentos aos seus pilotos têm tido uma tendência decrescente nos últimos anos, mas os milhões que totalizam ainda incluem pagamentos anuais na ordem dos sete (ou oito) dígitos para alguns – num ‘campeonato particular’ onde Miguel Oliveira ainda não tem lugar.

A análise feita pelo «Motorsport.com» relaciona os valores que as equipas pagavam em 2018 e o que vão pagar nesta próxima época revelando, também assim, casos particulares. Nesta análise da publicação especializada com base em informação colhida junto de membros das equipas, pilotos, advogados e outros elementos envolvidos, é revelado que, de 2018 para 2022, o volume de pagamentos das equipas aos pilotos desceu de 58,5 milhões de euros para 47.150.000 (uma descida de 19,45%).

Esta descida é justificada com uma situação especial de afetação causada pela pandemia de covid-19 que marcou os dois últimos anos da competição, mas também com a retirada de pista de grandes campeões como Valentino Rossi e Jorge Lorenzo levando com eles umas das folhas salariais mais elevadas do pelotão.

Para 2022, o seis vezes campeão de MotoGP, Marc Márquez (Honda), tem segundo esta análise um salário previsto de 15 milhões de euros (valores sem prémios por vitórias ou títulos) distanciando-se largamente (para mais do dobro) em relação aos 6,5 milhões do campeão de 2020, Joan Mir. E a Suzuki será também isolada a segunda fabricante que mais paga juntando os 4 milhões de Álex Rins.

A Honda ainda terá despesas com pilotos de mais 3 milhões de euros com Pol Espargaró e os ‘satélites’ Takaaki Nakagami e Álex Márquez (LCR) reforçando o topo das despesas. Na equipa que tem o atual campeão do mundo, a Yamaha ter-se-á de ver com 4 milhões de euros para Fabio Quartararo e um salário na ordem dos 1,5 milhões para Franco Morbidelli.

A Ducati pagará 3,8 milhões de euros em salários com Francesco Bagnaia e Jack Miller e mais três pilotos nas equipas satélites: Johann Zarco e Jorge Martín (Pramac) e ainda Enea Bastianini (Gresini).

Com a Aprilia a despender em salários cerca de 4 milhões de euros com os seus dois pilotos – Maverick Viñales e Aleix Espargaró – a KTM de Miguel Oliveira é dada como a equipa que gasta menos. Um total de 3,6 milhões de euros é o orçamento para o português e mais três pilotos: o seu companheiro de equipa na KTM oficial, Brad Binder, e Remy Gardner e Raúl Fernández na satélite Tech3.

O ordenado mais baixo nesta análise do «Motorsport.com» será de 200 mil euros anuais, mas, enquanto as estimativas são feitas sem revelações oficiais das marcas, outras fontes costumam apresentar valores diferentes conforme também os dados que recolhem.

E, para o «Totalsportal», que também consultámos, por exemplo, há valores diferentes – em alguns bastante, em outros nem tanto – em relação a vários dos pilotos já nomeados, mas há também já um valor concreto para o salário anual do Falcão português.

Marc Márquez, por exemplo, ganhará segundo esta fonte, 12,3 milhões de euros, mas o campeão do mundo em título, Quartararo, ganhará 5,3 milhões – e, nesta tabela, Viñales sobe os ganhos com ordenados para perto dos 9 milhões de euros anuais.

Na KTM, o «Totalsportal» coloca Miguel Oliveira como o mais bem pago, com mais de 550 mil euros de ordenado anual contra os cerca de 440 mil euros de Binder. Gardner e Fernández receberão cerca de 220 mil euros cada um por ano – todos os valores sendo base sem prémios.

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