O antigo piloto de Fórmula 1, Stirling Moss, morreu este domingo com 90 anos de idade, vítima de uma infeção pulmonar, que o afetava desde 2016.
Considerado por muitos com um dos melhores pilotos da história da F1, apesar de nunca ter conquistado o título de campeão do mundo, Moss foi uma das figuras mais respeitadas do desporto britânico.
"Foi uma volta a mais. Fechou os olhos às primeiras horas deste domingo de Páscoa", revelou a mulher do antigo piloto, Susie Moss, à «Britain Press Association», acrescentando que Moss "apenas fechou os olhos."
Nascido em Londres a 17 setembro de 1929, Stirling Moss disputou 66 GPs entre 1951 e 1961, assumindo os comandos de carros como Vanwall, Maserati e Mercedes, onde formou equipa com Juan Manuel Fangio.
Ao longo de uma carreira de 10 anos na F1, Moss conquistou 16 vitórias e foi vice-campeão de F1 por quatro vezes e terceiro três vezes.
O antigo piloto britânico registou ainda 16 ’pole positions', 19 melhores voltas, quatro ‘hat-tricks' (‘pole position', volta mais rápida e vitória) e 24 pódios durante a sua carreira na F1, acumulando um total de 186,6 pontos.
Para a história fica a sua participação no GP de Portugal de 1958, realizado no circuito da Boavista, no Porto, quando corrigiu a decisão dos comissários em desclassificar Mike Hawthorn, o que levou dessa forma o piloto da Ferrari a terminar a corrida na segunda posição e com esse resultado, Hawthorn conquistou o título de campeão do mundo.
A carreira de Stirling Moss arrancou em 1948, depois de ter comprado um Cooper 500 com o qual participou em 15 corridas de Fórmula 3, tendo conquistado a vitória em 12. No ano seguinte assinou pela equipa britânica da HWM e venceu o campeonato britânico de Fórmula 2 em 1949, feito que repetiu em 1950.
A estreia na F1 aconteceu em 1951 ao volante de um carro HWM, mas o seu primeiro pódio só surgiu em 1954, no GP da Bélgica.
O ponto final na sua carreira de piloto chegou em 1962, quando sofreu um grave acidente em Goodwood. Moss esteve em coma durante um mês e paralisado durante os seis anos que se seguiram.
Moss manteve uma presença regular na Fórmula 1 como correspondente desportivo e observador atento e só em janeiro de 2018 deixou de estar presente nas corridas.