O interesse da Honda em contratar Pol Espargaró foi noticiado nesta semana e, apesar de os responsáveis da equipa de fábrica da marca japonesa terem negado a formalização de qualquer vínculo para época 2021 do MotoGP, na KTM já se equaciona ter de lidar com a perda do piloto espanhol – que nesta quarta-feira faz 29 anos.
O mais novo dos irmãos Espargaró do MotoGP – Aleix renovou na terça-feira com a Aprilia – é o primeiro piloto da KTM na categoria rainha e a possibilidade da sua saída agora reconhecida coloca Miguel Oliveira na equação da constituição da dupla para 2021 na equipa de fábrica da marca austríaca.
Em entrevista à «Speedweek», o diretor de corridas da KTM reconhece que a saída de Espargaró é real: “Temos de aceitar que estamos agora numa situação em que a equipa de fábrica da Honda quer o Pol Espargaró.”
“Certamente que preferiria que fosse diferente... mas é assim. Agora, vamos ver a solução que vamos conseguir encontrar no final”, afirma Mike Leitner mantendo Espargaró nos planos da equipa para os testes privados marcados para Misano no dia 21: “Por que não testaria o Pol? É assim tao certo que ele saia? Para nós, ainda não é 100 por cento certo.”
“Sabemos que a separação entre o Pol e a KTM pode acontecer. É claro. E é por isso que olhamos para os cenários que podemos ter. (...) Mas eu ainda espero que a situação com o Pol corra de maneira diferente do que todos pensam agora. E na eventualidade de não correr estamos nesta altura a falar com alguns pilotos”, assumiu Leitner.
O diretor de corridas da KTM acredita que Dani Pedrosa está nesta altura “fora de questão” para assumir uma compromisso para correr uma temporada inteira, em relação a 2021, e uma opção por Danilo Petrucci – que poderá deixar a Ducati com a promoção de Jack Miller à equipa de fábrica italiana – como conseguindo igualar o nível de Espararó é respondida de forma evasiva: “Eu também valorizo muito o Pol. É por isso que ele tem uma oferta da Honda em cima da mesa.”
“Se quiserem comparar o Petrucci e o Pol Espargaró, a minha resposta é: eu valorizo todos os pilotos do MotoGP que estão no top 15”, acrescentou depois Leitner. Com Miguel Oliveira e Iker Lecuona na Tech3 e o também estreante no MotoGP Brad Binder na equipa de fábrica da KTM para 2020, Leitner não confirma se a eventual substituição de Espargaró pode passar pela promoção do piloto português, mas não nega que pode ir biscá-lo à equipa satélite.
“Assim que tivermos todas as possibilidades e factos reunidos no final em cima da mesa, vamos todos juntar-nos com o Hervé Poncharal [diretor da Tech3] e com o Pit Beirer [diretor da KTM]. Depois, definiremos juntos qual será a melhor solução”, garantiu Leitner.