O GP de Portugal de MotoGP deste fim de semana pode gerar um retorno direto e indireto de cerca de 50 milhões de euros para o país numa estimativa feita pelo presidente do Turismo do Algarve.
“No cômputo geral, temos um impacto que pode ser superior, no máximo, e com valores diretos, indiretos e induzidos, a 50 milhões de euros para o país, o que é muito relevante”, afirmou à Lusa o presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA).
Segundo João Fernandes, o facto de a prova se realizar no fim de semana imediatamente após a Páscoa, é um “fator de procura adicional” para “prolongar o arranque da época alta” do turismo algarvio.
“Só nas equipas do MotoGP, Moto2 e Moto3, jornalistas e membros da organização estamos a falar de mais de 3.500 pessoas. E, no impacto direto destas pessoas, só considerando alojamento, alimentação, deslocações, bilhetes de avião e algum ‘pocket money’, estamos a falar de um valor de perto de quatro milhões de euros”, quantificou o responsável.
Aos gastos realizados pelas “3.648 pessoas” que estão diretamente ligadas à organização da prova, juntam-se também “os fornecedores locais”, como “comissários, bombeiros, médicos, fornecedores de combustível, helicópteros, prestadores de serviços diretos”, explicitou o presidente da RTA.
“Estamos a falar de mais de 800 mil euros em consumo direto para fornecedores locais”, acrescentou João Fernandes salientando que estes dados “são importantes não só para o Algarve, mas para o país num todo”.
O GP de Portugal é a quinta prova do Mundial de MotoGP onde corre Miguel Oliveira e, no Autódromo Internacional do Algarve, “são esperados cerca de 40 mil espetadores por dia”. Com “um total de 120 mil entradas para os três dias”, João Fernandes eleva “a fasquia para quase 28 milhões de euros” no que respeita às receitas provenientes da assistência que vai estar na pista de Portimão.