MotoGP: KTM acusa Ducati de estar a "enganar a FIM"

KTM, Honda, Suzuki e Aprilia acusam Ducati de não respeitar as regras
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Andrea Dovizioso (Lusa)
Andrea Dovizioso (Lusa)

A decisão da Ducati em utilizar um spoiler à frente da roda traseira no GP do Qatar, continua a aguardar por um veredicto do Tribunal de Apelo da Federação Internacional de Motociclismo (FIM), depois de Honda, Suzuki, Aprilia e KTM terem apresentado um protesto formal contra o novo 'spoiler' inferior da Desmosedici GP19.

No entanto, na KTM, Mike Leitner, já fez saber que as regras de aerodinâmica eram claras para todas as equipas e que a Ducati ignorou-as por completo.

O diretor desportivo da marca austríaca no MotoGP afirmou que a Ducati “continua a enganar a FIM na aerodinâmica” e que Gigi Dall'Igna, o diretor desportivo da equipa italiana, "pensa que é mais inteligente do que os outros".

O regulamento diz que apêndices aerodinâmicos não podem estar instalados à frente da roda tendo como base a carenagem. Mas a Ducati, alega que a asa tinha como objetivo arrefecer o pneu traseiro e não gerar pressão aerodinâmica; o que não convenceu Honda, Suzuki, Aprilia e KTM, que apresentaram o protesto.

Mike Leitner lembrou ainda que no último mês de dezembro todos os construtores chegaram a um acordo sobre as regras de aerodinâmica para 2019 que era bastante claro e que a Ducati ignorou o espírito desse acordo.

"Em dezembro, o 'spoiler' utilizado pela Ducati não teria sido permitido. Mas oito dias antes do GP do Qatar, essa peça já não tinha funções aerodinâmicas e servia para arrefecer o pneu traseiro", sublinhou Leitner à «Speedweek».

Para o diretor desportivo da KTM, ninguém pode ter duvidas sobre o que se pretende com a peça da Ducati: “Fica claro para toda a gente que aquela peça gera carga aerodinâmica. Mas o Gigi Dall'Igna acha que ele é mais esperto do que todos os outros:"

Para o responsável pela marca austríaca, a Ducati não respeitou igualmente o acordo entre as equipas para a contenção de custos em matéria de desenvolvimento aerodinâmico.

"Os custos, desta forma, vão ficar fora de controlo. Um dia de trabalho no túnel de vento custa 20 mil euros, e isso não garante que as corridas passem a ser melhores ", concluiu Mike Leitner.

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