KTM de Miguel Oliveira chega-se à frente e já só perde para Yamaha e Ducati

A época de MotoGP vai a meio e a equipa austríaca continua em crescendo
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O Mundial de MotoGP está a meio em paragem neste mês de julho para férias do pelotão e, com nove corridas realizadas entre as 19 marcadas no calendário de 2021, este ano pode bem ser o da afirmação da KTM de Miguel Oliveira no leque dos ‘players’ que ‘gostam’ de dividir entre si as vitórias.

Começando pelos factos, a KTM ocupa neste momento o terceiro lugar entre os Construtores – tabela resultante da soma do melhor resultado em cada corrida por fabricante. A equipa austríaca só perde neste ano para a Yamaha e para a Ducati colocando-se, nesta altura, na frente de históricas como a Suzuki (a campeã em título por Equipas) e a Honda.

Vai subir ou vai descer? A KTM é uma marca recente na categoria rianha do motociclismo de velocidade e o trajeto tem sido ascendente. Esta tem sido a melhor época da equipa dirigida por Pit Beirer e, em altura de paragem para ‘respirar’ antes de um regresso às corridas com uma jornada dupla em casa, no austríaco Red Bull Ring, foi o próprio Falcão português que já deixou o aviso.

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A KTM arrancou para a primeira temporada completa no MotoGP em 2017, em plena era dourada da parceria entre a Honda e Marc Márquez. O caminho fez-se pelo meio dos esperados ‘espinhos’ iniciais com Pol Espargaró e Bradley Smith; o primeiro resultado significativo para a marca surgiu ao segundo ano com o primeiro pódio pelo piloto espanhol.

No ano seguinte, em 2019, o crescimento evoluiu na forma de patrocínio de uma equipa satélite fornecendo as KTM RC16 à Tech3 e promovendo Miguel Oliveira à categoria rainha na equipa de Hervé Poncharal. Em 2020, chegaram as primeiras vitórias. Brad Binder estreou a KTM no lugar mais alto do pódio em Brno; Miguel Oliveira somou mais duas vitórias com a RC16 no Red Bull Ring (GP da Estíria) e em Portimão.

A ‘nova afirmação’ do ano que passou fez-se ao longo de uma temporada que ficou também marcado pela queda (literal) de Márquez e da Honda. Foi altura de aparecem os novos pretendentes, de a nova geração de Pilotos se chegar à frente, com o crescimento da KTM a culminar com o ingresso do Falcão Português na equipa oficial para este ano. E 2021 já voltou a mostrar frutos.

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Com mais dois segundos lugares no total dos três pódios e um quinto lugar do português (mais um quarto lugar e dois quintos de Binder nos melhores resultados), a KTM chega a meio deste ano numa sólida terceira posição entre os Construtores intrometendo-se no meio dos históricos do MotoGP. Nesse histórico na categoria rainha, sublinhe-se que a Honda é a recordista de vitórias (310) e só mais duas fabricantes chegam aos três dígitos: Yamaha (241) e a já ausente MV Agusta (139).

Suzuki (95) e Ducati (53) prosseguem a tabela dos notáveis na categoria rainha. A próxima equipa em atividade é a KTM ocupando desde já o nono lugar do top 10 deste histórico de Construtores com as suas quatro vitórias em cinco anos de MotoGP. Tendo descolado da Aprilia (que nunca venceu na categoria rainha) numa espécie de ‘segunda divisão da classe, a equipa austríaca tem a cabeça bem de fora neste ano para se assumir como ocupante de direito dessa ‘primeira divisão’ de históricos.

Campeonato de Construtores de MotoGP:

Yamaha 184 pts
Ducati 167 pts
KTM 114 pts
Suzuki 105 pts
Honda 86 pts
Aprilia 62 pts

 

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