Miguel Oliveira deixa aviso: “Têm de contar comigo” até final do campeonato

Piloto português da KTM acredita que pode lutar por todos os pontos
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Miguel Oliveira (Lusa)
Miguel Oliveira (Lusa)

Em altura de paragem do Mundial de MotoGP para um período de férias neste mês de julho, Miguel Oliveira afirmou que o pelotão tem de contar com ele até final a época, pois o piloto português da KTM acredita no que pode fazer para chegar aos pontos que todos ambicionam somar a cada corrida.

O Falcão segue no sétimo lugar na classificação do Mundial, com 85 pontos, a 71 do líder, Fabio Quartararo (Yamaha), e, numa conferência de imprensa organizada pelo seu clube de fãs nesta semana, aproveitou para recordar o gesto que fez após a vitória no Grande Prémio da Catalunha a imitar Cristiano Ronaldo quando ‘advertiu’ o Camp Nou, também em Barcelona, a dizer “Eu estou aqui!”

“A ideia já tinha surgido antes de Mugello [GP de Itália], por ser um momento em que precisava de me afirmar. Foi perfeito acontecer em Barcelona, que foi onde o Cristiano Ronaldo também fez aquele gesto há uns anos. Era algo que já tinha em mente, nada de especial. Apenas para dizer que também têm de contar comigo”, explicou nas declarações veiculadas pela agência Lusa.

“No que diz respeito às expectativas” para a segunda metade da época, que recomeça em agosto, com o GP da Estíria, miguel Oliveira optou pela “resposta do costume” para dizer que aponta “sempre para o melhor”.

“Acreditamos muito em nós e no nosso trabalho e depois temos de o concretizar na pista, e eu acredito que o podemos fazer. Mas não estamos sozinhos e há sempre fatores externos. Portanto, a nossa função é focar naquilo que conseguimos controlar e dar o melhor em pista.”

O português da KTM fez mesmo questão de frisar as “duas coisas preponderantes” para poder alcançar o objetivo maior, de chegar ao final do campeonato em primeiro lugar: “Acreditar e chegar ao fim com mais pontos que todos os outros”.

“O essencial é acreditar até ao final. Acreditar quando se ganha é muito fácil. Quando não se ganha e se passa por momentos difíceis é um grande teste. Soa a cliché, mas a capacidade psicológica é preponderante no desporto, tem um peso muito grande. O foco é sempre ‘eu vou conseguir’.”

Oliveira foi submetido a esse ‘teste’ no início da temporada com um arranque abaixo das expectativas admitindo “ansiedade de mostrar alguma coisa” logo nas primeiras corridas: “Até Mugello não tive nenhum top-10 e isso poderá ter causado ansiedade, até no entorno da equipa, apesar de toda a gente saber do meu valor. Havia ali um espírito e um ânimo que é sempre reforçado com um bom resultado. A partir daí, começou a entrar em piloto automático.”

KTM mostra-se muito satisfeita com Miguel Oliveira

Já houve “abordagens” de outras equipas

A correspondência em resultados ganha reconhecimento também fora da equipa e o Falcão admitiu que já teve “abordagens” numa altura em que o ‘mercado de transferências’ do MotoGP está agitado.

“Hoje em dia, ter um contrato assinado, vale o que vale. Tenho o meu compromisso assumido com a KTM para dois anos e não vou voltar atrás com essa palavra. Naturalmente, a situação do [Maverick] Viñales [que vai deixar a Yamaha já no final do ano] veio trazer nervosismo às conversações para o futuro – também fui abordado nesse sentido – mas, como disse, tenho contrato e enquanto aqui estiver há muito trabalho para fazer”, afirmou o piloto português.

O Mundial de MotogGP regressa a 8 de agosto com o GP da Estíria, no Red Bull Ring.

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