Ayrton Senna deixou-nos há 25 anos

Piloto brasileiro faleceu no GP de São Marino de 1994
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Ayrton Senna (Reuters - Action Images/Mark Wohlwender)
Ayrton Senna (Reuters - Action Images/Mark Wohlwender)

Ayrton Senna faleceu há 25 anos. O último tricampeão mundial de Fórmula 1 brasileiro morreu a 1 de maio de 1994.

Melhor de sempre para tantos, ídolo para muitos mais, malogrado para todos – nascido a 21 de março de 1960, Senna tinha 34 anos.

Passam 25 anos daquele que foi um dos mais infelizes fins de semana de sempre da Fórmula 1. No GP de São Marino de 1994 morreram pessoas. As mortes foram as de dois pilotos.

Roland Ratzenberg faleceu no sábado. Ayrton Senna faleceu no domingo da Corrida. E todo o fim de semana foi ensombrado, foi amaldiçoado por acidentes que deixaram vários outros feridos, alguns com muita gravidade – de pilotos a público passando por mecânicos das equipas.

"Num único fim de semana, perderam-se dois pilotos. Foram dias muito difíceis para todos. Aconteceu de tudo. Diversos acidentes em pista, nas boxes. Parece que Deus se pronunciou nesse fim de semana para avisar que era preciso mais cuidado."

As palavras são de Pedro Lamy à agência Lusa na evocação desta data. O piloto português participou nesse fatídico grande prémio.

Quem viu as imagens daquele fim de semana não esquece – como hoje não se esquece. E hoje evoca-se também. Sem imagens. Recorda-se de modo ‘seco’ o que aconteceu para homenagear quem se perdeu. Do pouco conhecido Ratzenberger ao tricampeão Senna.

Rubens Barrichello esteve no primeiro momento de terror em Ímola, logo na sexta-feira. O Jordan do brasileiro levantou voo a cerca de 200 km/h na Variante Baixa do Autódromo Enzo e Dino Ferrari indo bater, acima do ‘muro’ de pneus, nas redes de proteção das bancadas.

‘Rubinho’ capotou três vezes e ficou com o carro de lado, inconsciente. Escapou com vários ferimentos que o impossibilitaram de correr mais no fim de semana. No sábado, Roland Ratzenberger não sobreviveu. O piloto austríaco bateu com o Simtek a mais de 300 km/h no muro de betão da Curva Villeneuve.

Ratzenberger foi a primeira vítima mortal do fim de semana negro. No domingo, foi Senna. Na partida para o GP de São Marino, J.J. Letho não arrancou e Lamy bateu com o seu Lotus no Benetton do finlandês. A colisão lançou uma roda para as bancadas ferindo quatro pessoas.

O Safety Car entrou em pista. Removeram-se os destroços, Passaram cinco voltas. À sexta volta, o Safety Car saiu. Senna liderava a corrida. Na primeira volta lançada do recomeço, o piloto brasileiro saiu de pista na Curva Tamburello e foi bater com o Williams a mais de 200 km/h no muro de betão.

A corrida decorreu até um final sem champanhe não sem antes uma roda do Minardi-Ford de Michele Alboreto se ter soltado deixando feridos três mecânicos da Ferrari e um da Lotus numa ida à box. A morte de Ayrton Senna foi comunicada já na tarde de domingo. O mundo estava em choque.

Max Mosley, o então presidente da FIA, não esteve no funeral de Senna (5 de maio) indo ao de Ratzenberger (7 de maio). As suas palavras à agência Reuters, dez anos depois dos acidentes mortais, ficaram famosas.

“Ele não tinha dinheiro, tinha chegado lá pelo seu trabalho e era uma ótima pessoa. A morte de Ratzenberger teria sido uma situação de monta, mas a morte de Senna chegou no dia seguinte. Eu fui ao funeral de Ratzenberger em vez do de Senna, onde estava toda a Fórmula 1, porque senti que era preciso alguém dar apoio, apoiar a sua família.”

No dia seguinte à morte do piloto austríaco de 33 anos, a 30 de abril de 1994, Ayrton Senna também morreu. Na manhã daquele domingo 1 de maio de há 25 anos, Senna levou consigo para dentro do Williams a bandeira da Áustria.

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