Os (outros) MOMENTOS de 2020

Retrospetiva do ano para além da F1 e do MotoGP
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Sébastien Ogier (Toyota Gazoo Racing)
Sébastien Ogier (Toyota Gazoo Racing)

Com o ano de 2020 à beira do fim e a poucos dias de entrarmos em 2021 passamos em revista o que de mais significativo aconteceu no desporto motorizado para além da Fórmula 1 e do MotoGP.

- Ogier soma o sétimo título no WRC: numa temporada que contou apenas com sete etapas, devido à pandemia de covid-19, que obrigou mesmo ao cancelamento da etapa portuguesa, o francês Sébastien Ogier (Toyota Yaris) reconquistou o título perdido em 2019, para Ott Tanak, e somou o seu sétimo título da carreira.

A temporada atípica não foi fácil para o francês da Toyota que chegou à derradeira prova da temporada com 14 pontos de desvantagem para o seu companheiro de equipa, Elfyn Evans, mas acabou por levar a melhor no Rali de Monza, aproveitando os azares que afetaram os seus mais diretos adversários na luta pelo campeonato.

Evans acabou o campeonato na segunda posição a oito pontos do seu companheiro de equipa, enquanto o campeão do mundo de 2019, Ott Tanak (Hyundai), terminou a temporada na terceira posição.

Uma nota ainda para Thierry Neuville (Hyundai), que foi o grande derrotado desta temporada atípica, já que depois de ter chegado à última prova da época na luta pelo campeonato, acabou a temporada na quarta posição penalizado por alguns erros que continuam a manter fora da rota do título.

- Armindo Araújo chega ao ‘hexa’ no CPR: por cá a história do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), ficou marcada pela pandemia de covid-19, que acabou por levar Armindo Araújo ao seu sexto título de campeão, destacando-se, claramente, como o piloto mais vitorioso de sempre da modalidade.

A conquista do título de hexacampeão do piloto do Skoda Fabia R5 foi alcançada com o cancelamento do Rali Casinos do Algarve, devido à pandemia de covid-19, quando todos esperavam uma luta intensa entre Armindo Araújo, Bruno Magalhães (Hyundai i20) e o campeão de 2019, Ricardo Teodósio (Skoda Fabia R5), pelo título.

É certo que Armindo Araújo partia para a derradeira prova da temporada, com uma ligeira vantagem, depois de ter vencido três provas (Fafe, Castelo Branco e Aboboreira), e terminado em segundo em outras duas (Madeira e Alto Tâmega).

Já Bruno Magalhães venceu outras duas provas e foi segundo em outras duas, o que acabou por fazer a diferença nas contas pela corrida ao título que acabou por ser bastante intensa.

- Albuquerque e a Toyota no topo do mundo no WEC: no Mundial de Resistência, Filipe Albuquerque, de 35 anos, sagrou-se campeão na classe LMP2, a segunda mais importante, após vencer as 24 Horas de Le Mans, fazendo equipa com britânicos Phil Hanson e Paul di Resta. Antes, só Pedro Lamy levado as cores de Portugal ao mastro mais alto da mais emblemática das provas de resistência na Europa, em 2012, na categoria GT AM.

A temporada do WEC terminou com mais uma conquista da Toyota nos LMP1, com Mike Conway, Kamui Kobayashi e José María López a conquistarem o título do Campeonato Mundial de Pilotos.

A época de 2019-2020, ficou ainda marcada como a última para o lendário TS050 Hybrid, o carro que levou a marca nipónica ao lugar mais alto do campeonato de resistência.

Lançado em 2016, o Toyota da categoria LMP1 alcançou 19 vitórias no Mundial de Resistência da FIA (WEC), 16 pole position, 15 voltas mais rápidas, 3 vitórias em Le Mans e 4 títulos mundiais em 34 corridas no WEC.

- Jonathan Rea domina no WSBK: começam a existir poucas palavras para descrever o percurso de Jonathan Rea no mundial de Superbikes.

Num campeonato afetado, tal como outros, pela pandemia de covid-19, e que contou apenas com sete rondas, duas das quais em Portugal, Algarve e Estoril, onde terminou a época, o piloto britânico voltou a mostrar todo o seu valor e a conquistar mais um título de campeão.

Rea e a Kawasaki voltaram a dominar e o britânico somou o seu sexto título consecutivo, numa temporada em que o piloto britânico sofreu uma queda, logo na prova de abertura e viu surgir Scott Redding (Ducati) como principal adversário.

No entanto, Rea acabou por entrar na rota do título à terceira ronda da temporada, o GP de Portugal, que teve lugar no Autódromo Internacional do Algarve, que dominou, ao vencer as três corridas do fim de semana.

Desta forma o piloto da Irlanda do Norte, alcançou o seu sexto título de campeão, um feito inédito no Mundial de Superbikes, 13 anos depois de ter chegado ao campeonato.

- Tim Gajser é o novo rei do MXGP: o piloto esloveno da Honda conquistou o seu segundo título da carreira no Mundial de Motocross (MXGP), num ano em que o campeonato não passou por Portugal devido à pandemia de covid-19.

Gajser, que renovou o título conquistado em 2019, soma já quatro títulos de campeão do mundo em seis anos, dois em MX2 e outros dois no MXGP, foi o mais forte ao longo de uma temporada atípica e que levou a organização do campeonato a realizar todas as provas sem público.

A regularidade do esloveno ao longo da temporada foi a chave para a conquista do título, que torna Tim Gajser no piloto da Honda com mais títulos no Mundial de Motocross, com um título mais que pilotos como Dave Thorpe, Eric Geboers, Georges Jobe e Andre Malherbe.

- Indy 500 com Fernando Alonso de regresso: o piloto espanhol voltou a marcar presença nas 500 Milhas de Indianápolis, na tentativa de conquistar a vitória na mnitica prova norte-americana e assim alcançar a Tripla Coroa (juntando a vitória em Indianápolis aos triunfos nas 24 Horas de Le Mans e no GP do Mónaco de F1).

O bicampeão mundial de F1, regressou à Indy 500 aos comandos de um terceiro carro da McLaren, depois de em 2019 ter falhado a qualificação para a prova.

Desta vez, Alonso voltou a não ser feliz, já que na Qualificação não foi além do 26.º lugar da grelha, o que impediu o piloto espanhol de lutar pela vitória na prova.

A edição de 2020 da Indy 500, ficou na história depois de a organização da prova ter sido obrigada a adiar a realização da prova, de maio para agosto, devido à pandemia da covid-19.

A vitória na 104.ª edição da mítica prova norte-americana foi conquistada por Takuma Sato, que terminou na frente Scott Dixon e de Graham Rahal que foi terceiro.

Já Alonso, depois da estreia com um abandono após 179 voltas em 2017, o espanhol, desta vez, completou a prova ficando a uma volta de atraso do vencedor na 21.ª posição.

- Ehrlacher é campeão no WTCR em ano aziago para Monteiro: a temporada de 2020 da Taça do Mundo de Carros de Turismo (WTCR), ficou marcada por muitas alterações ao calendário inicial devido à pandemia de Covid-19.

A incerteza relativa à evolução da situação global levou à decisão de desenhar um novo calendário, que inclui apenas corridas na Europa.

O campeonato teve apenas seis rondas, e a etapa portuguesa, em Vila Real, foi um das sacrificadas, o que levou a que a época do WTCR fosse a mais curta de sempre, acabando por ter lugar entre setembro e novembro.

A luta pelo título durou até à última ronda com Yann Ehrlacher (Lynk & Co), a bater o companheiro de equipa Yvan Muller, e a conquistar a vitória no campeonato, tornando-se, aos 24 anos, o mais jovem de sempre a vencer a Taça do Mundo de Carros de Turismo.

Já o piloto português Tiago Monteiro (Honda), terminou a temporada na 15.ª posição, com os mesmos 79 pontos do que o 14.º, o italiano Gabrielle Tarquini (Hyundai).

Com um ano para esquecer, Tiago Monteiro conseguiu como melhor resultado um segundo lugar na terceira corrida da quarta ronda da temporada realizada em Hungaroring, na Hungria.

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