Dakar 2022 vai começar: das etapas aos portugueses passando pelos candidatos

Prova rainha do TT volta a realizar-se na Arábia Saudita
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Sebastian Buhler (Hero Motosports)
Sebastian Buhler (Hero Motosports)

O Rali Dakar de 2022 já aquece os motores para o arranque no primeiro dia do novo ano. Pela terceira vez (e de forma consecutiva), a prova rainha do Todo-o-Terreno vai realizar-se na Arábia Saudita. Mas, neste ano, o histórico Dakar integra o calendário FIA de rali raids que irá partir para o novo Campeonato do Mundo de TT.

A 44.ª edição do Dakar contará [de acordo com a lista oficial de inscritos à data desta publicação] com 18 portugueses a competir no terreno e, como é hábito, a competição de motos é a mais preenchida pela armada lusa com sete participantes: Rui Gonçalves (Sherco), António Maio (Yamaha), Joaquim Rodrigues Jr. (Hero), Mário Patrão (KTM), Alexandre Azinhais (KTM), Arcélio Couto (Honda) e Paulo Oliveira (KTM – correndo com a bandeira de Moçambique).

Nos automóveis, há quatro representantes nacionais, mas apenas um deles estará ao volante: Miguel Barbosa (Toyota Hilux) cujo regresso à prova é feito com Paulo Velosa como navegador. E é também a navegação que inclui os outros dois portugueses na classe: Felipe Palmeiro como navegador de Benediktas Vanagas (Toyota Hilux) e Paulo Fiúza como navegador de Vaidotas Zala (Mini JCW Rally).

Entrevista a Miguel Barbosa: “É altura de procurar outros voos”

A classe de protótipos ligeiros terá a dupla Mário Franco/Rui Franco como os portugueses presentes, enquanto nos SSV serão duas as parcerias: Luís Portela Morais/David Megre e Rui Oliveira/Fausto Mota). Os camiões estão reduzidos a um único representante luso: José Martins, que fará equipa com Didier Belivier e Jeremie Gimbre no Iveco.

De 1 a 14 de janeiro, com partida e chegada a Jeddah, o Dakar contará com 13 etapas que incluem o prólogo de arranque e um dia de descanso por entre as outras 12 que perfazem um total de 8.177 quilómetros com 4.258 quilómetros cronometrados. A etapa prólogo no dia são só 19 quilómetros, mas estes não são para desperdiçar, pois os dez mais bem classificados escolherão a ordem de saída no dia seguinte.

Fique a conhecer em detalhe as etapas do Dakar 2022:

1 de janeiro: 1.ª Etapa A (Etapa Prólogo): Jeddah - Ha’il, 834 km (19 cronometrados)

2 de janeiro: 1.ª Etapa B: Ha’il - Ha’il, 546 km (334 cronometrados)

3 de janeiro: 2.ª Etapa: Ha’il - Al Artawiya, 585 km (339 cronometrados)

4 de janeiro: 3.ª Etapa: Al Artawiya - Al Qaysuma, 554 km (368 cronometrados)

5 de janeiro: 4.ª Etapa: Al Qaysuma - Riade, 707 km (465 cronometrados)

6 de janeiro: 5.ª Etapa: Riade - Riade, 563 km (348 cronometrados)

7 de janeiro: 6.ª Etapa: Riade - Riade, 635 km (421 cronometrados)

8 de janeiro: Dia de Descanso

9 de janeiro: 7.ª Etapa: Riade - Al Dawadimi, 700 km (401 cronometrados)

10 de janeiro: 8.ª Etapa: Al Dawadimi - Wadi Ad-Dawasir, 828 km (394 cronometrados)

11 de janeiro: 9.ª Etapa: Wadi Ad-Dawasir - Wadi Ad-Dawasir, 490 km (287 cronometrados)

12 de janeiro: 10.ª Etapa: Wadi Ad-Dawasir - Bisha, 757 km (374 cronometrados)

13 de janeiro: 11.ª Etapa: Bisha - Bisha, 500 km (345 cronometrados)

14 de janeiro: 12.ª Etapa: Bisha - Jeddah, 676 km (163 cronometrados)

No plano dos candidatos às vitórias, voltamo-nos a cruzar com portugueses, pois a Honda comandada por Ruben Faria ostenta as duas últimas vitórias e não enjeita o favoritismo apesar de ter perdido o atual detentor do título, Kevin Benavides, para a KTM. A equipa japonesa ainda conta, porém, com Ricky Brabec (vencedor em 2020), Joan Barreda (recordista de triunfos em etapas dos que estão em competição: 27), José Ignacio Cornejo e Pablo Quintanilla.

Na KTM, marca vencedora entre 2001 e 2019 pontificam, além de Benavides, Sam Sunderland (vencedor em 2017), Toby Price (vencedor em 2019) e Matthias Walkner (vencedor em 2018). Para lá do quarto de vencedores do Dakar, as motos da KTM vão também contar com o estreante Danilo Petrucci vindo diretamente do MotoGP para o TT.

Nos automóveis vai acontecer também a estreia da Audi com um veículo elétrico e a marca alemã não fez por menos para o arranque do RS Q e-tron no Dakar contratando os vencedores das duas últimas edições da prova: o ‘senhor Dakar’ Stéphane Peterhansel (vencedor em 2021) e Carlos Sainz (2020).

Com Peterhansel (14 vitórias no Dakar: 6 em motos e 8 nos carros) e Sainz (3 vitórias), a nova categoria principal T1+ dos automóveis tem como principal favorito Nasser A-Attiyah com o GR DKR Hilux T1+ para o Dakar. O qatari três vezes vencedor do Dakar é secundado na Toyota Gazzoo Racing por Giniel de Villiers (vencedor em 2009). Resta saber que resposta poderão dar o Mini JCW Buggy de Jakub Przygonski ou o mais ‘experiente’ BRX Hunter T1+ de Sébastien Loeb...

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