A próxima semana marcará o início das decisões para o futuro da Fórmula 1 quando os pressupostos para 2021 forem discutidos. E a McLaren assumiu a pressão sobre o vai ser negociado admitindo que o resultado está relacionado com a sua continuidade no desporto.
Na próxima terça-feira, a Liberty, a FIA e as dez equipas vão reunir-se para discutir não só a visão da dona da F1 (já anunciada com vista a uma maior paridade), mas, sobretudo para definir o acordo comercial e os regulamentos técnicos.
A pressão sobre as intenções da Liberty já vem sendo feitas desde há algum tempo, como aconteceu explicitamente com a Ferrari. Cada equipa manifesta a defesa dos seus interesses e, agora, a Mclaren assume os seus reconhecendo que a estratégia de negociação está disso mesmo dependente.
“Para a McLaren tem de cumprir duas coisas: ser financeiramente viável e de se poder lutar de forma justa e competitiva. Se não fosse assim, teríamos de considerar seriamente a nossa posição na Fórmula 1. Não queremos estar nessa posição”, afirmou o diretor executivo da McLaren Racing ao jornal «The Guardian».
Zak Brown frisa que, mais do que uma estratégia, é a realidade que está em causa: “Dizem que é uma tática de negociação, mas esta tem de ser uma equipa competitiva e fiscalmente responsável. ”Sentindo que as novas regras não nos colocam nessa situação, teríamos de rever a nossa participação na F1”, reforçou o norte-americano.
E há algumas questões que prometem já fazer faísca entre as equipas: “A distribuição de receitas deve ser mais equilibrada, deve ser orientada pelo desempenho.” Brown diz que o reconhecimento histórico deve ser feito “num grau mais reduzido do que o de hoje” e aponta explicitamente à Ferrari.
“Todos concordamos que a Ferrari é o maior nome e deve ser remunerada como tal, mas não ao nível a que o é. E também não deveria ser possível colocar esse dinheiro na competição”, afirmou o diretor da McLaren.