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Brisa admite mudar critérios das portagens com uma condição

Discussão em torno da cobrança de portagens por classes começou com as queixas do grupo PSA a propósito da produção de num novo furgão que, pelas suas dimensões e segundo o sistema atual, entraria na classe 2, pagando mais
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Estrada
Estrada

A Brisa admite mudar os critérios de cobrança de portagens, como ainda esta semana pediu o grupo PSA, mas para isso defende um "equilíbrio" no contrato de concessão com o Governo.

As revisões do contrato de concessão são normais“ e a Brisa mostra-se disponível para elas, em declarações ao jornal Eco, lembrando mesmo que no passado já tomou a iniciativa para renegociar o contrato (em 2004 e em 2008). Pede apenas que se assegure "o equilíbrio do modelo económico e financeiro do contrato”.

Da parte do Governo, o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, já veio dizer nos últimos dias que vai trabalhar para manter um setor automóvel forte, nao só com aquela empresa, como muitas mais" e "não mexe unilateralmente nas portagens". O que faz é negociar "com as concessionárias com base no documento de trabalho que integrou todas as empresas relevantes do setor".

Ao jornal Eco, fonte do gabinete do ministro disse entretanto que “vai introduzir a questão na renegociação que está a fazer com as várias concessionárias nomeadamente com a Brisa”, sendo que a empresa não confirmou nem desmentiu um contacto por parte do Governo socialista.

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O grupo PSA queixou-se na última semana de que é preciso alterar os critérios que determinam que veículos pertencem à classe 1, porque vai fabricar um novo modelo de furgão, o K9, que mede mais de 1,10 metros em altura e que, com o sistema existente, ficaria automaticamente ligado à classe 2, pagando mais portagem. O sistema tem em conta o eixo e não o peso dos veículos. 

O grupo automóvel avisa que isso traria certamente efeitos na procura, pelo que se o modelo de pagamento das portagens se mantiver anexado à altura dos veículos, este modelo pode nem sequer chegar a ser produzido para ser vendido em Portugal, o que implicará a perda de empregos. A prazo, poderá mesmo estar em causa a continuidade da fábrica de Mangualde, que poderá ter de fechar portas.

 

 

 

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