Em declarações recentes à imprensa, citado pela Bloomberg, o primeiro-ministro checo Andrej Babis afirmou que está preparado para defender a indústria automóvel no seu país, desafiando a proposta da União Europeia que consiste em abandonar os automóveis equipados com motores de combustão (gasolina e diesel) até ao ano 2035.
Segundo Andrej Babis, esta proposta foi concebida por “fanáticos verdes no Parlamento Europeu”, acrescentando ainda que “Não é possível” e que “Não concordaremos com a proibição de venda de carros movidos a combustíveis fósseis”. Segundo o primeiro-ministro checo “Não podemos ditar aqui o que os fanáticos verdes conceberam no Parlamento Europeu”, ainda que também tenha referido que “os checos irão apoiar uma infraestrutura para veículos elétricos, mas não irão subsidiar a sua produção efetiva”.
São declarações fortes, mas que até fazem algum sentido se considerarmos que um terço da economia checa está relacionada com a indústria automóvel. É naquele país que está sediada a Škoda, uma das marcas do Grupo Volkswagen, que conta com duas fábricas de automóveis no ativo, mas a Toyota e a Hyundai também contam com importantes unidades de produção.
Os motores de combustão ainda são de grande importância para a Škoda e não deixou de ser uma surpresa assistir ao lançamento da nova geração do seu pequeno Fabia sem ouvir ou ler a palavra eletrificação. Quanto a modelos elétricos, o mais importante dos modelos construído na República Checa é mesmo o novo Škoda Enyaq, produzido na fábrica principal da marca em Mladá Boleslav.