O Conselho de Diretores do Circuito da Catalunha anunciou esta terça-feira que irá avançar para as mudanças exigidas pela Federação Internacional de Motociclismo (FIM). As obras têm como objetivo melhorar as condições de segurança e garantir a re-homologação da pista para a MotoGP.
Entre as alterações estudadas, destacam-se a expansão da zona de escapatória da antiga curva 12, onde o piloto de Moto2, Luis Salom, perdeu a vida em 2016 e a eliminação da polémica chicane de Fórmula 1.
Relembre-se que na sequência do trágico acidente de Salom, a MotoGP decidiu adotar o traçado de F1 e tal resultou numa série de alterações que prejudicaram o desempenho dos pilotos: modificação na curva 10 com um ângulo de 90° à esquerda, em vez de uma curva mais fluída e ainda uma chicane em vez da penúltima curva rápida.
Ora, vêm aí mudanças positivas para o Circuito da Catalunha que poderá recuperar a identidade MotoGP e receber a prova do próximo ano com total segurança.
Os trabalhos a serem realizados contemplam a eliminação de dois módulos da bancada C e a deslocação da bancada H, permitindo assim ampliar a zona de escapatória (com cascalho) em 20 metros a partir do ponto de travagem.
Esta alteração permitirá assim a eliminação da chicane de Fórmula 1 utilizada nas temporadas 2016 e 2017 e que gerou controvérsia entre os pilotos que reclamavam que a baixa velocidade a que eram obrigados a circular nesse ponto, não só não correspondia à natureza de condução em MotoGP, como também era perigosa.
Na nova configuração para 2018, a curva 12 – utilizada até 2015- transforma-se em curva 13 e retoma-se a variante de Fórmula 1 na curva 10.
Além da mudança na configuração, está prevista a colocação de um novo asfalto em toda a pista, algo que não sucede desde 2006.
As modificações das bancadas começam já no mês de dezembro e a aplicação do novo asfalto está agendada para janeiro do próximo ano.