O Ministério Público de Rimini solicitou a acusação do condutor envolvido no trágico acidente que matou o ex-campeão do mundo de MotoGP e piloto de Superbike, Nicky Hayden, em maio deste ano.
O norte-americano foi atropelado quando treinava de bicicleta na região italiana de Rimini. Hayden acabou em cima do automóvel que o abalroou, tendo partido o pára-brisas da viatura. Recebeu assistência médica logo no local e foi de seguida transportado para o hospital mais próximo em estado crítico, onde viria a morrer seis dias depois.
Agora, surge o pedido assinado pelo vice-promotor Paolo Gengarelli, na sequência de uma apresentação de três relatórios técnicos sobre a dinâmica do acidente.
Para convencer o magistrado foi realizada uma perícia com autoria de Orlando Omicini, ex-agente da Polícia de Trânsito e especialista na reconstituição de acidentes.
Concluiu-se que se Morciano di Romagna tivesse respeitado os limites de velocidade de 50 km/h e não conduzisse a 70 km/h, Nicky Hayden teria sobrevivido.
"Se o carro tivesse respeitado os limites de velocidade, teria tido tempo para reagir e travar e o acidente teria sido totalmente evitado", defendeu o perito.
Porém, Nicky Hayden também não cumpriu as regras do código da estrada ao não respeitar o sinal de Stop. ‘Kentucky Kid’ que seguia de bicicleta numa estrada secundária, entrou na estrada principal a 20 km/h até ser atropelado pelo carro.
Cabe agora ao juiz decidir se há provas suficientes para sentenciar o automobilista.
Vale a pena relembrar que em Espanha, o Tribunal de Justiça das Baleares absolveu o turista alemão que, no dia 27 de julho, atropelou o 13 vezes campeão mundial Angel Nieto, que viria a morrer duas semanas depois no hospital.