A Valkyrie Racing preparou a versão mais radical de sempre do seu Porsche 356 Vintage totalmente preparada para enfrentar os trilhos de gelo e neve da Antártida. Renee Brinkerhoff é a mulher que se senta ao volante deste modelo utilizado em diversas competições de resistência um pouco por todo o mundo com o objetivo de chamar a atenção e conquistar donativos destinados a combater o tráfico de crianças.
A utilização de um automóvel deste género é completamente atípica em provas de elevado grau de resistência, o que acaba por fazer com que receba muito mais atenção. “Os nossos esforços em corrida deram-nos voz numa plataforma global com o objetivo de pôr um fim ao tráfico de crianças. Ao concorrer com o nosso Porsche de 1956 em ralis deste grau de exigência recebemos uma atenção redobrada, que podemos usar para esta causa”, explica Renne Brinkerhoff.
O projeto da Valkyrie Racing e de Renee Brinkerhoff com o seu Porsche 356 de 1956 envolve seis provas incríveis em sete continentes, numa aventura global de mais de 20 mil milhas e que segue o lema:
‘One woman, one car and one global mission to end child trafficking' (Uma mulher, um carro e uma missão global para pôr fim ao tráfico de crianças).
A aventura começou com a Carrera Panamericana em 2017 seguido-se o Targa Tasmania em 2018. No mesmo ano participou no Grand Prix of South America, entre Buenos Aires e Cartagena e em 2019 participou no Rali Peking to Paris atravessando dois continentes. Seguiu-se o East African Safari Classic em 2019 ficando a faltar apenas uma prova: o desafio na Antártida foi o último incluído neste projeto e o que exige mais alterações ao 356.
As modificações efetuadas ao Porsche da Valkyrie Racing são mais que muitas e incluem uma estrutura destinada à instalação de painéis solares de dupla face (para receberem luz do sol, mas também o reflexo da neve), que serão capazes de produzir um mínimo de 150 w de energia. O interior conta com uma rollcage específica.
A estrutura da secção traseira foi totalmente modificada para receber o sistema de lagartas da Dupont Krytox, enquanto na frente há dois enormes skis que servem de direção também montados numa estrutura especifica, mas também uma enorme placa dianteira para eventuais contactos com a neve ou gelo. O habitáculo foi totalmente pensado para transportar diversos equipamentos de assistência e conforto, mas também para qualquer eventualidade que possa surgir em termos de segurança em caso de acidente, por exemplo.