A BMW (dona da Rolls-Royce e da Mini) e a Toyota admitem consequências para os seus investimentos no Reino Unido se o Brexit acontecer de forma ‘dura’, ou seja, sem um acordo de saída entre os britânicos e a União Europeia.
A produção dos Mini pode mesmo deixar Cowley, na Grã-Bretanha no “pior dos cenários”, pois, como disse Peter Schwarzenbauer à «Sky», se não houver acordo há esse perigo: “Teremos de ver o que significa para nós no longo prazo.”
“Para a mim, isto é mesmo um perigo”, afirmou o membro da administração da BMW equacionando a saída da Mini da fábrica perto de Oxford: “Pelo menos, teremos de considerar essa hipótese.”
Já a Toyota também coloca em questão os seus investimentos na fábrica perto de Derby. O diretor para as operações europeias, Johan van Zyl, admitiu à «BBC» que o aparecimento de “obstáculos” não levará a problemas de curto prazo, mas que a sua competitividade poder ser afetada (e pensada) no mais logo prazo.
Estas posições surgem cerca de um mês depois de a Nissan ter revertido a decisão de produzir a X-Trail em Sunderland e de a Honda ter decidido fechar a fábrica de Swindon, embora as decisões tenham sido anunciadas fora do quadro de consequências do Brexit.