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Grupo PSA: declarações sobre desvalorização de carros 'diesel' criam "incerteza e alarme"

Grupo que inclui a Peugeot, Citroen, DS e Opel/Vauxhall lembrou que o ministro do Ambiente não distinguiu as gerações atuais de motores diesel das gerações anteriores
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Carlos Tavares (Reuters)
Carlos Tavares (Reuters)

O fabricante automóvel PSA, liderado pelo português Carlos Tavares, considerou que as recentes declarações do ministro do Ambiente sobre a desvalorização na troca futura de carros a gasóleo criam “incerteza, alarme e confusão entre os clientes”.

“As recentes declarações feitas em Portugal sobre o futuro próximo dos veículos a diesel criam incerteza, alarme e confusão entre os clientes. Elas não correspondem aos regulamentos da União Europeia, que visam reduzir as emissões dos veículos a diesel destinados ao mercado europeu”, segundo uma posição do Grupo PSA enviada à agência Lusa.

O grupo que inclui a Peugeot, Citroen, DS e Opel/Vauxhall acrescenta que “não distinguir as gerações atuais de motores diesel e gasolina dos das gerações anteriores significa não ter em conta o problema real das emissões no setor automóvel, que é a idade do parque automóvel em Portugal, que continua a crescer (quase 13 anos em média)”.

“Além disso, estão a chegar aos centros de abate automóveis em fim de vida carros com mais de 20 anos”, referiu a empresa, que defendeu que a transição energética e a descarbonização devem basear-se numa neutralidade tecnológica em termos de emissões.

“E não discriminar a última geração de veículos a diesel ou a gasolina, que são necessários para o cumprimento dos objetivos de CO2 definidos pela Comissão Europeia”, segundo o mesmo texto.

Fonte oficial do grupo adiantou à Lusa que questionou a fundamentação das afirmações sobre o diesel ser mais poluente, tendo em “conta o ciclo de produção”, assim como quais as respostas que a transição energética está a dar quanto a assimetrias do país, nomeadamente entre meios urbanos e rurais.

O fabricante garantiu que propõe “todas as alternativas de tecnologia que sejam relevantes e eficientes para os clientes”, incluindo na área das emissões, mas que cabe ao cliente decidir.

A mesma fonte lembrou que a indústria automóvel contribui decisivamente para as exportações e receitas fiscais e recordou as dificuldades tecnológicas para alterar o tipo de motor dos veículos comerciais, que Portugal produz e exporta.

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