Boas notícias para o ambiente. Os dados mais recentes da Agência Europeia do Ambiente indicam que, em 2020, houve uma redução significativa nas emissões de CO2 produzidas por novos automóveis. Em concreto uma queda de 12% para 107,8 g/km.
De acordo com a Transport & Environment (T&E), uma organização sem fins lucrativos dedicada à mobilidade sustentável, que desde há 30 anos tem trabalhado de perto com a União Europeia, esta queda vem comprovar que o estabelecimento de metas ambiciosas, no que concerne às emissões de CO2, estimula os fabricantes de automóveis a fazerem mais pela redução do impacto da sua indústria no ambiente.
Contudo, assegura a T&E, é necessário criar regras ainda mais apertadas de 2025 em diante, para que a partir de 2035, todos os novos automóveis produzam zero emissões.
“As emissões de novos carros estavam a aumentar até dois anos atrás, mas a queda acentuada no ano passado mostra que os construtores estão a responder aos padrões de CO2 estabelecidos”, refere Lucien Mathieu, analista responsável do setor de veículos terrestres e mobilidade elétrica. “Alguns fabricantes de automóveis já disseram quando serão totalmente elétricos, mas padrões mais rígidos de CO2, capazes de conduzir a emissões zero, são necessários para garantir que toda a indústria abandone os motores a combustível fóssil até 2035”, acrescenta.
Com a União Europeia a propor novas metas para automóveis ligeiros e comerciais, ao que tudo indica, já no próximo dia 14 de Julho, é necessário ser ainda mais ambicioso, sublinha a T&E, com a imposição de maiores restrições a partir de 2027. Também porque a queda nas emissões de veículos comerciais, em concreto, foi de apenas 1,5% para 157,7 g/km, com a venda de versões elétricas a não ultrapassar os 2,3% face ao total de unidades comercializadas em 2020.
Dados que mostram que há ainda um longo caminho a percorrer para a total descarbonização do setor automóvel.