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Guerra comercial China/EUA obriga a adaptar formas de fabrico de baterias

A dependência de materiais raros está a obrigar vários construtores a procurarem soluções alternativas aos materiais raros
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Exemplo de bateria de carro elétrico (imagem captura ARS)
Exemplo de bateria de carro elétrico (imagem captura ARS)

A crescente onda de eletrificação está, literalmente, a mudar o planeta. Não só porque os automóveis elétricos acabam por contribuir para um decréscimo gigantesco nas emissões poluentes, mas, em contrapartida, porque o seu aumento de produção e de diversos dos seus componentes, como as baterias, fez disparar a procura de novos materiais, alguns bastante raros devido à dificuldade de os disponibilizar em grande escala.

Claro que como cabeças de cartaz deste tema estão países como a China e os Estados Unidos, que continuam com dificuldades em entenderem-se e não apenas por causa da língua.

De acordo com notícia da Reuters, os fabricantes de automóveis do Ocidente estão mesmo a tentar reduzir a sua dependência de materiais como os imanes, que ainda são bastante necessários para o fabrico de elementos encontrados nos motores elétricos, por exemplo.

Este tipo de metais é bastante abundante, especialmente na China, mas a sua elevada procura está a fazer com que o seu valor aumente exorbitantemente e com que esta abundância se possa transformar em escassez. Afinal, além da sua extração, há ainda o problema da poluição gerada pela sua produção que está longe de ser um processo simples.

Para os fabricantes de automóveis ocidentais, o problema da oscilação de preços é um dos maiores problemas, mas não menos preocupante do que todo o processo de fornecimento, com os danos ambientais que podem daí advir.

Os imanes produzidos a partir de metais como o neodímio ainda continuam a ser a forma mais eficiente de fazer locomover os automóveis elétricos, sendo que a China detém 90 por cento da sua oferta a nível global e tenha duplicado o seu valor em apenas nove meses. E esta é uma das razões que obriga os construtores a encontrar alternativas, ainda que já o façam há anos.

Um deles é a Nissan, que afirma estar a eliminar a dependência destes materiais em modelos como o novo Ariya, mas também a BMW, que refere já ter feito o mesmo com o seu SUV elétrico iX3. E há ainda dois grandes construtores como a Toyota e a Volkswagen que já afirmaram estar a cortar neste tipo de minerais.

Este tipo de materiais é essencial para as indústrias relacionadas com a eletrónica, a defesa e com as energias renováveis, sendo que os motores elétricos de íman permanente ainda são considerados os mais eficientes, por precisarem de menos energia no seu funcionamento, o que acaba por se traduzir numa maior autonomia dos automóveis elétricos.

E isso fez com que a sua escolha fosse a mais óbvia. Pelo menos, até ao momento em que a China entrou em disputa com o Japão relacionada com o seu fornecimento, o que, mais uma fez, acabou por fazer com que os preços ficassem demasiado inflacionados.

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