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Associação Zero propõe extinção dos benefícios fiscais para os híbridos plug-in

Associação ambientalista quer ajudas destinadas em exclusivo aos veiculos 100% elétricos
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Plug-in (Associated Press)
Plug-in (Associated Press)

A associação ambientalista Zero propõe que os veículos híbridos plug-in deixem de ter benefícios fiscais, pois afirma que os PHEV, “considerados ‘amigos do ambiente’ à luz da legislação, são um desastre ambiental”.

A Zero refere que os PHEV “estão a canibalizar” as vendas de veículos eletrificados em Portugal e, com recurso a um estudo da Federação Europeia de Transportes e Ambiente – à qua a associação pertence –, aponta que os híbridos plug-in emitem “em condições reais de utilização tanto ou mais dióxido de carbono que um automóvel similar convencional”.

No comunicado avançado, a Zero refere que o conjunto de veículos em teste para o estudo registou, “mesmo em condições ótimas, em que os veículos são utilizados da forma mais moderada possível e com as baterias completamente carregadas, as suas emissões são 28-89% superiores às contabilizadas”.

“Se forem utilizados (...) usando exclusivamente o motor a combustão, estes carros emitem três a oito vezes mais CO2 que aquilo que os testes indicam. Se adicionalmente o motor a combustão for utilizado para carregar as baterias (...) as emissões, de CO2 e em geral de poluentes com efeitos nocivos diretos na saúde, vão até 12 vezes acima das anunciadas oficialmente.”

O estudo refere também que a autonomia em modo 100% elétrico numa forma de uso “mais realística” incluindo “autoestrada, acelerações maiores, e transporte de passageiros” é “até 75% inferior ao publicitado”, com a Zero a concluir que os PHEV “só cumprem o anunciado nos catálogos em viagens muito curtas”.

“A nível europeu a Zero considera que devem deixar de ser atribuídos super-créditos às vendas de PHEV, e que os testes de homologação devem passar a contemplar as condições reais em que estes carros são usados, prevendo nomeadamente fatores de utilização em modo elétrico realísticos. (...) Já no capítulo português, a Zero entende que os benefícios estatais atribuídos aos PHEV sob a forma de ajudas fiscais, devem progressivamente ser totalmente eliminados, reservando-os para automóveis 100% elétricos.”

Nuna fase transitória proposta, a associação recomenda para o acesso dos PHEV a subsídios “uma autonomia em modo elétrico mínima de 60 km” e “acesso comprovado a pontos de carregamento, ou em casa ou no trabalho”.

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