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Fiat City Taxi é um dos destaques nos 50 anos do Museu de Turim

O MAUTO - Museu Nacional do Automóvel de Turim está a celebrar o seu primeiro cinquentenário, com a presença de modelos muito especiais
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Se viajarmos para trás no tempo cerca de 50 anos e visitarmos a cidade de Turim, vamos dar de caras com um dos melhores momentos de sempre na história do automóvel. As marcas italianas e em especial a FIAT estavam a construir a sua história e estavam a nascer modelos que iam escrever essa mesma história.

Foi precisamente nesta altura que foi inaugurado o MAUTO, o Museo nazionale dell’Automobile di Torino. E para assinalar o momento do seu primeiro cinquentenário, está instalada uma exposição com o nome “Che macchina!”, focada principalmente no Fiat 127 e o seu designer, Pio Manzoni, ou Manzù.

Neste evento estão presentes seis versões deste modelo, que viu serem produzidas mais de cinco milhões de unidades. Dois da primeira série, mas também um Rustica, um Sport, o Top e um Panorama. Além disso, os visitantes ainda poderão encontrar diversos esboços, maquetes, protótipos e projetos produzidos por Pio Manzú.

Entre eles, no entanto, destacamos a presença de um protótipo desenvolvido a partir do Fiat 850. Foi batizado como City Taxi e estava pensado para o transporte público urbano. Não chegou à fase de produção, mas foi o responsável pelo registo de 15 novas patentes, sendo que estas soluções acabariam por chegar a diversos dos modelos da marca.

O Fiat 850 City Taxi foi apresentado no Salão de Turim em 1968, tendo sido pensado de raíz para ser usado como Táxi. A mecânica era a mesma do Fiat 850, mas contava com uma caixa de quatro velocidades focada numa utilização urbana mais intensa. Neste sistema “Idromatic” era dispensado o pedal da embraiagem graças à presença de um conversor de binário em torno da embraiagem hidráulica.

A bordo, o espaço disponível pouco ou nada tinha a ver com as dimensões compactas da carroçaria, uma vez que era bastante amplo e tinha em vista a entrada e saída simplificada dos passageiros. Além disso, a assimetria da carroçaria fazia com que do lado esquerdo houvesse apenas uma porta para o condutor, enquanto do lado direito estava presente uma enorme porta deslizante de comando elétrico.

O enorme para-brisas obrigou à criação de um sistema de limpeza específico, tipo pantógrafo e até a cor escolhida para a carroçaria foi propositada para que este modelo pudesse ser identificado mais facilmente.

O Fiat City Taxi tinha uma distância entre eixos reduzida, ainda que estes continuassem nos extremos da carroçaria que era muito curta e com apenas dois volumes. Mas a altura era bem mais elevada, para que as janelas deixassem apreciar o cenário urbano da melhor forma.

Ainda no habitáculo, havia espaço para três pessoas no assento posterior, mas caso fosse necessário havia a possibilidade de instalar um quatro assento rebatível ao lado do condutor. Caso contrário, este espaço podia ser usado para transportar bagagens, com formas especificas de fixação das mesmas.

Na frente, o tablier era revestido de material deformável, no qual estava integrada a instrumentação e o taxímetro, mas também um monitor de televisão no centro da consola central e um sistema de comunicações de radiotelefone, com um microfone integrado na pala do sol, além de suportes para cartões e outros detalhes que ainda encontramos nos modelos atuais.

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