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Clientes da McLaren não querem que a marca faça “demasiados carros”

CEO da marca de Woking garate que McLaren Automotive vai manter-se fiel ao conceito de supercarros em SUV ou 100% elétricos
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McLaren 720S Le Mans
McLaren 720S Le Mans

A McLaren fabricante de carros superdesportivos é uma marca associada à exclusividade e a produção de bólides em Woking é reduzida quando comparada com outros níveis de produção em série.

Os McLaren não só têm o seu tempo próprio de fabrico pelas suas características, acompanhadas apenas por um leque restrito de outras marcas, como têm um preço acessível, também apenas, a um grupo de clientes mais reduzido do que o consumidor habitual.

E esta exclusividade é também ela seguida pelos donos de um McLaren que, segundo os seus responsáveis, gostam de preservar esse caráter mais raro que reside no facto de possuir um superdesportivo da marca britânica que corre na Formula 1.

As palavras a descrever os seus clientes são ditas pelo CEO da McLaren Automotive. Mike Flewitt mudou-se da Ford para Woking há oito anos e recorda com precisão as diferenças que há entre um construtor de dimensão mundial quanto ao mercado e um fabricante de supercarros de acesso restrito.

“Ainda tenho o relatório de produção do meu último dia na Ford Motor Company. Fizemos 8.700 carros nesse dia nas fábricas que dirigia. Na McLaren, fazemos 20 por dia”, diz Flewitt numa entrevista publicada pela «Car Magazine».

O ‘homem da McLaren’ é explícito nas diferenças: “Não conheço qualquer cliente da Ford. A única forma de conhecer um cliente a Ford era quando ia a um «pub’ e o sujeito ao meu lado dizia ‘Eu tenho um Ford Focus’. (...) Na McLaren, pelo contrário, conheço muitos clientes, todos têm o meu endereço de e-mail, todos eles me escrevem, todos falam comigo, estamos juntos em eventos.”

Esta exclusividade é para manter para todos, mesmo que haja marcas do mesmo mercado que tenham outras estratégias. Flewitt utiliza o exemplo da Aston Martin para mostrar a idiossincrasia de Woking: “Penso que não há 10 mil McLaren para vender. Se houver uma mensagem dos nossos clientes é a de não fabriquem demasiados carros.”

O CEO da McLaren espera que “as coisas resultem para a Aston Martin” com processo de recuperação de que foi alvo, mas frisa que há “uma abordagem muito diferente” pelas duas marcas. “Temo-nos mantido muito fieis ao conceito de fazer supercarros”, refere Flewitt assumindo o que responde a quem lhe pergunta de a McLaren fará um SUV ou um veículo 100% elétrico: “A resposta é não, não vamos.”

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