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Porsche 911 Turbo S (964) pode superar 1 milhão de euros em leilão

No próximo leilão da Silverstone, marcado para o fim deste mês, estará presente um Porsche 911 muito especial e completamente novo.
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No próximo leilão da Silverstone, que terá lugar no final deste mês, são os fãs do modelo mais icónico da Porsche que deverão estar com mais atenção, pois um dos cabeças de cartaz deste evento é uma das 86 unidades produzidas do 911 (964) Turbo S Leichtbau em 1993. E destas 86, apenas 11 tinham volante do lado direito, tal como acontece com a unidade que irá estar presente em leilão.

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A grande diferença está no facto deste 911 que vê nas imagens ter percorrido apenas 45 milhas desde que saiu do concessionário pela primeira vez, em Inglaterra, em 1993.

A leiloeira Silverstone Auctions estima que este modelo poderá atingir cerca de 1 milhão de euros no leilão. 

Mesmo com a carroçaria pintada de cinzento, no tom Polar Silver, este 911 é um dos que não passa despercebido. Primeiro porque as jantes com 18 polegadas de diâmetro da Speedline com o interior em púrpura não o vão permitir e depois porque são diversos os detalhes que identificam esta versão.

Por trás das originais jantes estão pinças de travão douradas de tamanho generoso e é fácil perceber que todo o conjunto está mais perto do solo que o habitual. E na dúvida, as entradas de ar dianteiras no para-choques, também nos dizem que este não é um 911 muito comum.

As diferenças mais arrojadas, no entanto, são reveladas no momento em que entramos no habitáculo, uma vez que 99 por cento de todos os componentes estão pintados de vermelho, na configuração que era identificada pelo nome Flamenco Red.

Todos os forros, os assentos da Recaro e os cintos de segurança de quatro apoios da Sabelt, mas também os painéis das portas, tapetes, o comando da caixa de velocidades, o volante e até a instrumentação, não esquecendo a estrutura de segurança, contam com esta tonalidade, que contrasta de uma forma incrível com o cinzento da carroçaria.

Mas afinal, como nasceu este 911 Leichtbau? Em maio de 1992, a Porsche apresentou uma versão especial do seu 911 Turbo, que iria ser produzida com materiais mais leves, tinha autorização para circular em estrada e incluía uma versão mais potente do motor de 3.3 litros, além de uma dinâmica mais apurada.

Inicialmente, a produção prevista andava entre as 25 e as 50 unidades, mas, apesar do preço previsto rondar os 300 mil marcos alemães, a procura foi elevada e acabaram por ser produzidas 86 unidades desta versão especial.

Para conseguir melhorar a potência do motor em cerca de 40 cavalos, a Porsche modificou as árvores de cames e as condutas de admissão e substituiu o sistema de injeção e a bomba de combustível. E em vez dos 40 cavalos previstos, foram encontrados mais 61, elevando a potência do motor de 3,3 litros até aos 381 cavalos de potência. E apenas com a presença de um único turbocompressor.

Para melhorar a componente dinâmica, o chassis foi rebaixado em 40 milímetros e foi adicionada uma suspensão com uma firmeza acrescida.

Para reduzir o peso, foram retirados sistemas como o ar condicionado e a direção assistida, bem como os isolamentos acústicos e os assentos traseiros. Em conjunto com vidros mais finos, portas em alumínio, um compartimento de carga em fibra de carbono e até tapetes menos espesso, foram reduzidos cerca de 180 quilos, mas o ar condicionado e os vidros elétricos, acabaram por regressar nas versões de produção.

O Porsche 911 Turbo S Leichtbau alcançava os 290 km/h e acelerava dos 0 aos 100 km/h em menos de cinco segundos, que é mais ou menos o tempo que vai demorar a ser vendido no leilão da Silverstone no final do mês.

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