De acordo com os últimos dados estatísticos publicados pela APETRO o Estado está perto de conseguir 1 euro em impostos por cada litro de gasolina 95 o que significa que quase 60% do valor que pagamos vai direitinho para os cofres do estado.
Mais concretamente, de acordo com o publicado pela APETRO a 28 de junho, o valor cobrado em impostos corresponde a 0,977 euros por litro (59%)
A APETRO publica com regularidade estes dados no seu site e estão acessíveis a qualquer consumidor para consulta.
No gasóleo rodoviário esse valor, apesar de baixar para 0,784 euros por litros, significa ainda assim, 54% do valor que pagamos pelo combustível.
Destes gráficos reparamos ainda que o peso da cotação representa apenas 27% na gasolina 95 e 30% no preço do gasóleo.
Ou seja, simplificando, o preço dos combustíveis não é apenas inflacionado pelo aumento do preço do barril de petróleo, custos de distribuição ou das gasolineiras.
E nem o GPL escapa a este apetite voraz da máquina de impostos pois 43% do valor que o consumidor paga ao abastecer são impostos e, essa percentagem, é exatamente a mesma referente à parcela da cotação do combustível.
Assim, de um modo geral, a maior fatia do preço dos combustíveis, que o consumidor paga quando abastece o seu veículo, como facilmente se interpreta nos gráficos disponíveis na APETRO é… para os cofres do Estado, não importa qual o combustível e não importa se o petróleo sobe ou desce.
E se por acaso se está a interrogar porque é que isto acontece, vamos partilhar um interessante vídeo da ERSE – Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, publicado em abril, que "explica" aos consumidores de energia como se calculam os preços dos combustíveis em Portugal.
A APETRO reune como Associadas Globais a BP, a Cepsa, a Galp, a Prio e a Repsol, às quais se juntaram a OZ Energia, e a Rubis Gás como Associadas Sectoriais de Gás; a Alkion, a CLC, a CLCM e a Saaga como Associadas Sectoriais de Armazenagem e a Sintética, a Spinerg e a Total como Associadas Sectoriais de Lubrificantes.