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Quebra de produção na Infineon Technologies agrava crise dos chips

Fábricas estão a produzir abaixo da procura, o que leva os seus responsáveis a dizer que o equilíbrio apenas será atingido em 2022
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Infineon
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A indústria automóvel continua a debater-se com a crise no fornecimento de chips – a pior crise de abastecimento em três décadas. Um dos fornecedores deste tipo de componentes, a Infineon Technologies, confirmou isso mesmo, dando conta de que quebras de produção em duas das suas fábricas estão a afetar os seus clientes do ramo automóvel.

Ler aqui: escassez de chips compromete produção

Depois de uma tempestade de Inverno ter paralisado a produção na fábrica de Austin, EUA, também uma das suas fábricas localizadas na Malásia sofreu uma quebra de produção, em Junho, provocada por um surto de infeções por coronavírus. Tais acontecimentos contribuem para que a Infineon Technologies esteja agora em sérias dificuldades para acompanhar a elevada procura por chips, tanto para a indústria automóvel, como para outras, como a dos aparelhos eletrónicos.

Veja também: Intel diz que crise vai durar anos 

No caso do fornecimento a construtores de automóveis, área de negócio que representa dois quintos do volume de vendas da Infineon Technologies, a retoma será lenta. Reinhard Ploss, CEO da empresa sediada em Munique, Alemanha, já veio dizer que a recuperação estava a ser travada por "graves limitações de fornecimento ao longo de toda a cadeia de valor" e que os inventários são extremamente curtos, o que implica o adiamentos nas entregas. “Tudo somado, levará tempo a regressar a um equilíbrio entre a oferta e a procura. Na nossa opinião, isto levará até 2022”, concluiu.

Bosch em Braga e AutoEuropa em Palmela já foram afetadas

Baixo inventário significa que a produção está a ser enviada diretamente aos clientes, assim que está concluída, pelo que qualquer contratempo como os registados em Austin e na Malásia causam graves problemas de fornecimento, com a consequente quebra de receitas. Com a fábrica da Malásia a regressar à sua capacidade máxima apenas no final do mês de agosto, a Infineon Technologies estima perdas superiores a 10 milhões de euros.

A empresa alemã aposta agora na nova fábrica que vai inaugurar em Villach, Áustria, para aumentar a produção de chips especializados de gestão de energia. Desta forma estima manter a previsão de receitas no seu ano fiscal, até 30 de Setembro, de 11 mil milhões de euros.

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