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Bugatti revela que o Chiron poderia ter chegado aos 500 km/h

A marca de Molsheim mostra que o Chiron teria chegado aos 515 Km/h na pista do Nevada
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A Bugatti revelou esta semana que o Chiron ultrapassou a mítica barreira das 300 mph (482.803 km/h) chegando a atingir a velocidade máxima de 490,484 km/h (304,773 mph).

O recorde foi alcançado na pista de alta velocidade Ehra-Lessien, na Baixa Saxónia, com 21 quilómetros de extensão que tem no entanto a grande desvantagem de estar a apenas 50 metros acima do nível do mar, ao contrário de outros locais de maior altitude que são normalmente utilizados para quebrar recordes de velocidade como a pista de Nevada nos Estados Unidos.

É por isso que a Bugatti fez contas e chegou à conclusão que se a tentativa de recorde tem sido realizada no Nevada o Chiron podia ter alcançado 515 km/h.

A explicação para esta diferença está na distância do nível do mar já que à medida que a distância do nível do mar aumenta, o ar torna-se mais fino e o número de moléculas no ar por unidade de volume diminui.

O mesmo ocorre com o arrasto aerodinâmico, ou seja um carro requer menos energia. A uma altitude de 5.000 metros, a densidade cai para metade, diminuindo igualmente para metade o arrasto. Simplificando, o carro precisa aplicar mais força ao nível do mar para rodar do que se estivesse a circular a uma altitude de cerca de 1.000 metros.

Por outro lado é insignificante que o conteúdo de oxigénio no ar - importante para a combustão de combustível no motor - também seja reduzido de 21 para cerca de 19%, já que os turbocompressores são perfeitamente ajustados e pressionam mais ar nas câmaras de combustão.

"Os nossos cálculos mostraram que teríamos sido cerca de 25 km/h mais rápidos na pista de Nevada", sublinhou Stefan Ellrott, chefe de desenvolvimento da Bugatti, deixando claro que o recorde do Chiron poderia ter sido fixado nos 515 km/h, em virtude das características da pista norte-americana.

No entanto a marca francesa decidiu optar pela pista de alta velocidade Ehra-Lessien, com 21 quilómetros conta com barreiras contra acidentes alinhadas com a pista e serviços de resgate de emergência que estão disponíveis nas duas extremidades da pista.

“A segurança vem em primeiro lugar na Bugatti. A pista do Nevada é muito longa e apenas tem um sentido e por isso as equipas de segurança levariam muito tempo para chegar a um local em caso de emergência. Para além disso, a pista apresenta uma leve inclinação de cerca de três por cento e por isso não seria o melhor para estabelecer um recorde”, concluiu Stefan Ellrott.

A verdade é que a Bugatti estabeleceu o novo recorde mundial em condições menos favoráveis de pressão do ar. Uma conquista que certamente será duradoura e que permite à marca francesa sair pela porta grande no que diz respeito à tentativa de alcançar novos recordes, já que a partir de agora a Bugatti vai centrar todas as atenções em produzir os carros de produção em série mais rápidos.

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