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Veja como a motorização híbrida E-Tech da Renault começou por ser criada em Lego

Protótipo com peças de brincar evoluiu para a eletrificação de modelos como o Clo, o Captur e o Mégane
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Modelo em Lego da motorização E-Tech da Renault
Modelo em Lego da motorização E-Tech da Renault

O trabalho de uma dezena de anos da Renault nas motorizações híbridas ao qual a marca francesa junta a tecnologia da Fórmula 1 é já conhecido. O que não se sabia até agora é que a conhecida motorização E-Tech destinada a eletrificar modelos como o Clio, o Captur e o Mégane teve origem num modelo feito com peças de Lego...

A história é contada por Nicolas Fremau, perito em arquitetura híbrida, numa série vídeo da Renault cujo Episódio 1 - «Lego plus a touch of boldness» («Lego e um toque de atrevimento») – pode ver no final deste artigo.

“Quando eu vi o meu filho a brincar com Lego Technic em casa disse a mim mesmo ‘bem, não é assim tão diferente do que gostaria de fazer’. Então, comprei o que precisava peça por peça para ter todos os elementos de montagem.”

Colocar o motor elétrico como componente principal da motorização híbrida para que o carro arrancasse em modo EV representou um desafio quanto à transmissão a utilizar entre o motor elétrico e o de combustão. Para conseguir um bloco simples, compacto e leve, Fremau concebeu uma solução com recurso a uma transmissão sem embraiagem, com sincronizadores da caixa de velocidades e utilizando tecnologia do desporto motorizado.

Numas férias de Natal, a inovadora transmissão passou do papel ao modelo de Lego: “Tive a ideia de fazer isto para me ajudar primeiro a perceber o que fazer. Depois de cerca de 20 horas de ‘trabalho’, sob o olhar bastante surpreendido do meu filho, o modelo nasceu.”

Mas, para além de encaixar as peças, Fremau teve de montar os diferentes eixos e anéis de transmissão, colá-los e perfurá-los para caberem num invólucro, bem como motorizar todo o sistema; num processo de engenharia que lhe permitiu testar ao vivo os diferentes modos de operação entre os motores.

O processo de testagem levou-o também a descobrir novos modos de funcionamento que não tinham sido teorizados reforçando a convicção da competência do protótipo. O próximo passo era apresentá-lo ao diretor de projeto, Gérard Detourbet, e ao diretor de investigação, Rémi Bastien.

“A Renault sempre foi uma empresa aberta, especialmente no que respeita à investigação (...), mas não sabia como iam reagir. Eles andaram à volta do modelo, tocaram-lhe e sentiram que tínhamos um objeto que era real. E irei lembrar-me sempre do que disse Gérard Detourbet: ‘Se conseguimos fazer em Lego, vai funcionar.’”

Depois da aprovação seguiu-se o último e incontornável passo: dar vida a este protótipo num veículo que estaria à venda 18 meses mais tarde.

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