O Jalpa, muito provavelmente, não é dos primeiros modelos de que nos lembramos assim que falamos da Lamborghini. Mas este foi o modelo que ficou na história da marca de Sant’Agata Bolognese por ter sido o último dos GT da Lamborghini a ser equipado com um motor V8.
A sua carroçaria de dois lugares com motor central traseiro era uma evolução do Urraco, mas também do Silhouette, que apesar de ter sido produzido, não chegou a ser comercializado. E o motor V8 que equipava este Jalpa, era a versão mais desenvolvida desta configuração, que chegava agora aos 3,5 litros de capacidade.
Graças à presença de quatro carburadores duplos da Weber e uma compressão melhorada, o motor do Jalpa tinha uma potência máxima de 255 cavalos às 7.000 rpm e um binário acima dos 300 Nm, que lhe permitia alcançar uma velocidade máxima muito próxima dos 250 km/h.
Tal como é tradição nos modelos da Sant’Agata Bolognese, também o Jalpa foi batizado com o nome de uma raça de touros, os Jalpa Kandachia, mas, numa altura em que o Countach já estava a captar a grande maioria das atenções na marca italiana, acabaram por ser produzidas apenas 420 unidades do Lamborghini Jalpa, entre 1981 e 1987.
O protótipo do Jalpa apresentado no Salão de Genebra, no entanto, tem uma história engraçada. Uma vez que a Lamborghini não estava a conseguir comercializar o seu Silhouette, enviou todas as unidades de volta para a fábrica, com o objetivo de servir de base para o novo modelo. E no modelo apresentado no salão, nem sequer faltava o tom da carroçaria em bronze e outros detalhes estéticos que eram identificados do modelo de que derivava.
O Lamborghini Jalpa de produção, no entanto, distinguia-se pelos novos para-choques escuros e pelas especificas entradas de ar para o motor, mas também pelas jantes de liga leve de 16 polegadas, equipadas com pneus Pirelli P7 de baixo perfil, que foram diretamente herdadas no protótipo Athon, também desenhado por Bertone.