Depois de ter anunciado um recorde de vendas de automóveis elétricos no final das contas do primeiro semestre do ano, o Grupo Volkswagen também referiu que este trimestre poderá ver a sua produção de automóveis um pouco mais limitada, devido ao escasso fornecimento de componentes eletrónicos, fundamentais para a produção de novos modelos, sendo que também aponta a dificuldade da própria indústria em encontrar uma solução para este problema.
Segundo o Grupo VW, a produção foi reduzida no final do ano passado, devido à crise que afetou bastante a indústria automóvel. E nos primeiros seis meses deste ano chegou mesmo a admitir que favoreceu os modelos da Porsche e da Audi, que contam com margens de lucro mais elevadas, na atribuição de chips, prevendo já a sua escassez.
Autoeuropa já teve de suspender produção por falta de componentes |
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Segundo Alexander Seitz, CFO da Volkswagen, “embora haja sinais de que as limitações do fornecimento de semicondutores estejam a começar a diminuir, prevemos um terceiro trimestre muito complicado do ponto de vista do fornecimento”. Para tentar equilibrar um pouco mais esta situação, a Audi, por exemplo, está a tentar trabalhar numa solução de contramedida, mas ainda é difícil prever se os números de produção se conseguem recuperar na totalidade até ao final do ano.
"Apesar de todo este sucesso, somos bem-aconselhados a manter os dois pés no chão", comentou Lutz Meschke, CFO da Porsche, acrescentando que “independentemente das incertezas da pandemia do coronavírus, a situação de tensão contínua no mercado de semicondutores pode tornar-se percetível no terceiro trimestre".
Falta de chips que afeta a produção automóvel pode durar vários anos |
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Além das marcas do Grupo Volkswagen, também os grupos Daimler, BMW, GM e Ford foram atingidos por este problema de escassez, que poderá ter limitações de produção neste trimestre, mas segundo foi referido, a VW está confiante na gestão desta dificuldade apesar destas mesmas limitações.