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Regresso ao passado: Recorde aqui o Volkswagen Fridolin

No início dos anos 60, o Volkswagen Fridolin era conhecido pela sua função: a distribuição do correio na Alemanha e na Suíça
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No início dos anos 60, a Autoridade Postal Alemã decidiu que estava na altura de renovar a sua frota de veículos destinados à distribuição de correio. Para isso começou a sondar diversas alternativas, onde se incluíam modelos como o Goggomobil Transporter, muito popular na altura, mas depressa chegou à conclusão que precisava de algo mais eficiente, mais fiável e, acima de tudo, com uma maior capacidade de carga.

Para isso, solicitou à Volkswagen que desenvolvesse um modelo com esta mesma finalidade, apresentando um conjunto de exigências em termos de tamanho, dimensões e capacidade de carga útil, que deveria rondar os 340 quilos, mas também que tivesse duas portas laterais deslizantes, com o objetivo de facilitar o acesso.

A proposta da Volkswagen chegou pouco tempo depois e dava pelo nome de Type 147 Kleinlieferwagen, mas depressa ficou conhecido apenas por Fridolin. O primeiro protótipo incluía diversas peças de outros modelos da marca, como o motor e a transmissão do Beetle, o chassis de um Karmann Ghia, a parte de trás da carroçaria de um Type 2 Microbus e as óticas dianteiras de um Type 3 Notchback, do qual também herdou o desenho do capot.

A aceitação por parte dos serviços postais alemães foi imediata, até porque a Volkswagen conseguiu fazer com que o peso final deste modelo ficasse apenas ligeiramente acima da tonelada. A sua facilidade de condução foi rapidamente comprava, tal como a sua passagem à fase de produção, na fábrica da Westfalia, tendo sido produzidas cerca de seis mil unidades deste modelo em praticamente dez anos de produção.

Pouco tempo depois de se começarem a ver os primeiros Fridolin nas estradas alemãs, o serviço postal suíço demonstrou-se bastante impressionado com este veículo, tendo feito uma encomenda ligeiramente acima das mil unidades, com o objetivo de renovar a sua frota de distribuição de correio. Apesar disso, para a versão Suíça deste modelo foram solicitadas algumas modificações, que passavam por interiores diferentes e mais janelas na carroçaria, um motor de maior capacidade, um sistema de travagem melhorado com discos dianteiros e espelhos retrovisores dianteiros instalados na zona superior dos para-lamas, com o objetivo de oferecer uma melhor visibilidade.

A sua elevada robustez, no entanto, não era à prova da exigente utilização para que tinham sido desenvolvidos e poucos conseguiram sobreviver até aos dias de hoje. Segundo a Volkswagen, estima-se que existam menos de 200 Fridolin ainda em circulação, sendo que a sua grande maioria pertence agora a colecionadores e entusiastas da marca e do mundo automóvel, que se divertiram a restaurá-los da melhor forma possível para que continuem a ser conduzidos. Ainda que já não tenham de fazer a distribuição de correio.

A origem do nome Fridolin é que ainda permanece uma incógnita. Há rumores que nos dizem que este modelo ficou assim conhecido por um dos trabalhadores da Volkswagen ter dito que lhe parecia um colega de trabalho com esse mesmo apelido, mas também há outros que sugerem que Fridolin é muito semelhante a uma palavra alemã que significa menino ou criança.

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