O Bentley GT3 Pikes Peak que vai tentar bater o recorde da icónica subida nas Montanhas Rochosas do Colorado (EUA) de que recebe parte do seu nome está nos últimos preparativos para deixar a sua marca de forma mais ecológica.
No caminho traçado de fabricante de automóveis de luxo líder na mobilidade sustentável, a Bentley preparou o seu “carro de estrada mais extremo” para ser alimentado com 98RON Renewable Racing Fuel, ou seja, uma mistura de biocombustíveis especificamente destinados ao desporto motorizado – pedra de toque para a criação de e-Combustível conseguindo um redução da emissão de gases com efeito de estufa na ordem dos 85%.
Mas não é só o combustível que inova. A subida até ao topo cerca de 4.300 metros acima do nível do mar levou a Bentley a desenvolver o Continental GT3 Pikes Peak ao nível da aerodinâmica, do chassi e do motor.
O bloco de 4,0 litros V8 biturbo da marca de Crewe foi trabalhado para gerar mais de 750 cv de potência e 1.000 Nm de binário com modificações à versão de produção como o aumento dos turbos ou o recurso a tubos de escape de titânio com a chancela Akrapovic feitos em impressoras 3D.
Um motor com esta performance obrigou também a evoluções no sistema de refrigeração com uma segunda unidade de arrefecimento instalada na secção traseira onde as janelas de trás são substituídas por entradas de ar.
O chassi sofreu configurações específicas para a subida a Pikes Peak como na colocação das barras antirrolamento com vista a maximizar a transferência de peso quando se pisa os travões também eles arrefecidos a água.
As alterações aerodinâmicas resultantes num aumento de 30% de pressão aerodinâmica têm expressão bem vísivel na frente e “maior asa traseira alguma vez colocada” num Bentley, que também já se deixa ver na sua pintura de corrida – como pode ver na galeria de imagens.
Com mais duas semanas para ultimar os testes em curso o Bentley Continental mais extremo da história vai para mais um recorde da marca quando no dia 27 se realizar a 99.ª Pikes Peak International Hill Climb.