Sustentabilidade

Grupo BMW pretende que 50% das vendas em 2030 sejam de veículos elétricos.

Kerstin Meerwaldt, em Lisboa, partilhou a estratégia de sustentabilidade da BMW para os próximos 10 anos e apresentou uma nova plataforma de incentivo à circulação em modo elétrico
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Dez milhões de automóveis eletrificados. É este o objetivo de vendas do Grupo BMW para os próximos 10 anos, revelado pela sua diretora de estratégia corporativa de sustentabilidade, Kerstin Meerwaldt, numa passagem por Lisboa. A meta insere-se na política de sustentabilidade que foi dada a conhecer à comunicação social a bordo de um catamarã, em pleno rio Tejo, e que inclui outros objetivos ambiciosos, sob validação da iniciativa Science Based Targets.

Kerstin Meerwaldt, diretora de estratégia corporativa de sustentabilidade

Até 2030, o fabrico de automóveis do Grupo BMW irá produzir menos 80% de emissões de CO2 e passará a incluir 50% de materiais reciclados; as emissões de toda a cadeia de abastecimento deverão diminuir em 20%; e a as emissões provocadas pelos próprios veículos terão de cair para metade das atuais.

Os responsáveis da BMW apresentaram ainda uma nova plataforma de incentivo à circulação em modo elétrico

Atualmente, 25% das vendas do Grupo BMW já são de modelos elétricos e híbridos, mas é seu propósito dobrar esse valor até 2030, ano em que a Mini passará a ter uma gama exclusivamente composta por modelos totalmente elétricos. Nessa mesma data, o Grupo BMW espera atingir, no conjunto da sua atividade, uma redução na emissão de gases com efeito de estufa de 80%.

Para tal, vai continuar a lançar modelos elétricos – o iX chega a Portugal em novembro com preços a partir de 89.150€; o i4 estará disponível em fevereiro por 60.500€ na versão mais acessível. De acordo com Massimo Senatore, Diretor Geral da BMW Portugal, “há o objetivo de ter até 2023, 25 modelos eletrificados na frota”. Para 2025 está reservado o lançamento de uma nova plataforma, integralmente concebida para automóveis elétricos.

Questionada sobre a possibilidade de todos os automóveis do grupo se tornarem elétricos a partir de 2035, ano em que a União Europeia propõe terminar a produção de veículos com motores de combustão, Kerstin Meerwaldt assegurou que “iremos fazer o que os clientes pedirem”, lembrando que as marcas do grupo BMW são globais e que há outros mercados para além do europeu.

Em 2035 estaremos preparados para ter uma gama 100% elétrica, se for esse o desejo dos nossos clientes, mas se estes continuarem a pedir carros com motores de combustão, continuaremos a fabricá-los.”

O encontro com a imprensa portuguesa serviu também para a apresentação da nova plataforma de incentivo à circulação em modo elétrico, destinada aos clientes donos de híbridos plug-in BMW, no caso os modelos 330e, 745e, X5 xDrive45e e BMW 530e.

Desenvolvida pela Critical TechWorks, uma joint-venture entre a empresa portuguesa Critical Software e o construtor germânico, a plataforma BMW Points já está em funcionamento em alguns países europeus e chega a Portugal em novembro.

Trata-se de um programa de acumulação de pontos, que podem ser convertidos em carregamentos nos postos de carregamento públicos, através da aplicação My BMW. Para os acumular, os clientes têm de circular em modo elétrico - um ponto por cada quilómetro percorrido, passando a dois, caso estejam nas eDriveZones, as zonas de baixas emissões nas cidades.

Para já estas situam-se em Lisboa, Porto e Braga, mas no próximo ano irão juntar-se outras cidades. Há também a possibilidade de acumular pontos através dos carregamentos - 20 pontos por cada sessão de 15 minutos ou mais.

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