8 Horas de Portimão: dobradinha Toyota e vitória de Félix da Costa

Segunda ronda do WEC teve segunda vitória do carro #8
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As 8 Horas de Portimão foram ganhas neste domingo pela Toyota com uma dobradinha dos carros da equipa japonesa na classe Hypercar. Na categoria LMP2, a vitória na segunda corrida do Mundial de Resistência foi para o piloto português António Félix da Costa ao volante do Oreca da Jota Sport #38.

O Toyota #8 pilotado por Sébastien Buemi, Kazuki Nakajima e Brendon Hartley repetiu, naquela que foi a centésima corrida da marca no WEC, o triunfo obtido na ronda inaugural do WEC, em Spa, mas, desta vez, com a ordem dos outros dois lugares do pódio invertida em relação à Bélgica.

"Foi uma corrida dura. Desta vez as regras internas jogaram a nosso favor e estou contente que tenha terminado assim", disse Buemi.

O segundo classificado deste domingo no Autódromo Internacional de Portimão na categoria principal foi o Toyota #7 de Mike Conway, Kamui Kobayashi e José María López. O terceiro classificado dos Hypercar nas 8 Horas de Portimão foi o Alpine #36 pilotado por Matthieu Vaxivière, André Negrão e Nicolas Lapierre.

Félix da Costa carimbou com Anthony Davidson e Roberto González o primeiro lugar dos LMP2 sendo o quarto classificado da classificação geral mesmo tendo estado envolvido logo no primeiro incidente da corrida.

O Alpine partiu da pole position e assegurou a liderança na largada, mas, pouco depois atrás do trio LMP1 da frente com os dois Toyota, houve logo esse incidente à segunda curva. Félix da Costa envolveu-se num toque com o outro carro da Jota Sport e o #28 com Tom Blomqvist ao volante fez um pião. O português seguiu sem problemas no quinto lugar – o mesmo em que tinha partido.

Sabendo que iria fazer mais uma paragem nas boxes entre as trocas de pilotos e pneus e reabastecimentos – nove –, a Alpine com o seu A480 V8 atmosférico teria que contrariar os Toyota V6 híbridos mais poupados no combustível – com oito paragens previstas – com rapidez entre os trunfos.

O carro da equipa francesa atacou desde início para tentar ficar com uma margem que, com o evoluir da corrida e os imponderáveis de uma prova que fossem favoráveis, pudessem eliminar essa desvantagem de ter de fazer a ‘teórica’ paragem a mais nas boxes.

Sem o que quer que fosse a alterar o figurino do que se passava nos Hipercarros, o meio da corrida chegou com o Alpine na frente, mas os dois Toyota mantiveram-se sempre colados e apenas mudaram o panorama trocando de posição, com o #7 a liderar a luta com o carro francês.

Na segunda parte da corrida, os híbridos da equipa japonesa não só não desarmaram da liderança, como passaram para o ataque à liderança e de forma dupla sendo bem sucedidos na passagem de ambos para a frente do Alpine e passando, então, a fazer a sua gestão da corrida de forma diferente.

A incerteza – sem imponderáveis – foi mantida num animado e bonito duelo entre os dois carros da Toyota e o Alpine, que manteve até às ultimas voltas uma distância que acalentava alguma esperança caso acontecesse algum imponderável, mas com a Toyota a controlar na frente...

O ‘imponderável’ que acabou por acontecer acabou também por deixar a equipa francesa sem margem para conseguir mais do que o terceiro lugar já muito perto do fim, pois o ‘full course yellow’ após um despiste quando o Alpine já tinha feito todas as paragens e esperava pelas últimas dos Toyota permitiu ao #7 ir à box sem praticamente perder tempo com o #8 seguindo na sua peugada.

A única troca que acabou por acontecer foi mesmo a dos dois carros japoneses, com o carro de Buemi, Nakajima e Hartley a passar para a frente para vencer.

Da mesma forma, foi também nas últimas voltas que a corrida disputada entre os dois carros da Jota que Félix da Costa se superiorizou em definitivo ao outro carro da equipa para ganhar em Portugal nos LMP2 na estreia do WEC no nosso país.

O carro da equipa de Filipe Albuquerque, o Oreca #22 da United Autosports, ficou logo a seguir em terceiro dos LMP2 e sexto da ‘geral’ quando o piloto português esteve ausente nos Estados Unidos.

"Foi incrível, foi um esforço de equipa. Vencer em casa é incrível. Neste momento [de pandemia], estar aqui ou em Fuji [Japão] é igual, mas é mais um item da minha lista que já cumpri", disse o piloto de Cascais, após uma corrida disputada sem público nas bancadas.

A classificação do Mundial de Resistência é liderada nos Hypercar pelo Toyota #8 com 63 pontos; mais 20 do que o Toyota #7 e mais 21 do que o Alpine. Nos LMP2, António Félix da Costa é o novo líder da classificação com 43 pontos, mais 9 do que o outro carro da Jota.

O WEC prossegue em Itália com as 6 Horas de Monza, a 18 de julho.

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