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Ferrari Dino 246 GT L restaurado com o máximo detalhe pela Bell Sport & Classic

Uma das versões mais raras do Dino, acaba de ser meticulosamente restaurada peça a peça e até ao mais pequeno pormenor
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Apresentado no Salão de Frankfurt de 1969, o Ferrari Dino 246 GT L foi uma das versões mais raras deste modelo. E é esta unidade do modelo em causa que acaba de superar um processo de restauro completo de quatro anos que a deixou num perfeito estado de concurso.

O primeiro Dino lançado no mercado, o 206 GT, incluía uma motorização V6 de dois litros, mas, um ano mais tarde, deu lugar ao 246 GT L, que tinha uma distância entre eixos 60 centímetros mais longa e um motor mais potente, com 2,4 litros, tal como também acontecia com a versão Targa. Na fábrica de Maranello foram construídas apenas 357 unidades desta versão L do Dino, antes de ter sido substituído pelas versões M e E, que foram produzidas em maior número.

No caso da unidade que acaba de passar por este completo processo de restauro, com o número de chassis 00436, trata-se mesmo do Dino que foi apresentado no Salão de Frankfurt em 1969 e que foi o primeiro a ser entregue na Alemanha. Dos 357 exemplares construídos deste versão L, esta foi a sétima unidade a sair da linha de produção.

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Antes de ter chegado às instalações da Bell Sports & Classic, no entanto, a sua história já tinha muito para contar. Primeiro, porque este Dino já teve proprietários na Alemanha, em França, no Canadá e nos Estados Unidos. E, depois, porque o seu estado de conservação não era dos melhores. Antes deste restauro, o Dino já tinha passado por outros dois processos, mas ambos efetuados muito além das suas especificações originais. Apesar de tudo isto, o odómetro contava apenas com 53.400 milhas percorridas (cerca de 86 mil quilómetros) em 48 anos, o que não é nada de especial.

Segundo Peter Ensor, o responsável pela equipa que efetuou este restauro, o trabalho de recuperação foi de monta: “Duvido que diversas outras empresas de restauro tivessem sequer considerado levar este projeto adiante. O estado cansado em que o Dino se encontrava estava longe de ser economicamente viável para o fazer regressar ao estado original”.

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O motor V6 de 2,4 litros foi totalmente desmontado, tal como os carburadores Weber, a caixa de velocidades, o sistema de travagem, as molas e a suspensão de triângulos sobrepostos. Tudo foi revisto e restaurado com o máximo de atenção às especificações originais. Mesmo o motor, depois de reconstruído, foi testado num dinamómetro e deixado a trabalhar numa bancada de testes durante 24 horas. E, depois de instalado no carro, foi testado e afinado para que ficasse precisamente com os 191 cavalos de potência originais.

Quanto à carroçaria, depois de tratados e cuidados todos os painéis e outros componentes, foi-lhe devolvido o tom Rosso Dino, que envolveu todos os processos originais entre o primário e o tom base. E, no interior, os forros dos assentos em pele negra e o tablier foram completamente tratados para que este Dino ficasse não só como quando saiu da fábrica em agosto de 1969, mas ainda melhor.

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