Miguel Oliveira explica “esforço em vão” por causa de “problema num pneu”

Piloto português da KTM fez o resumo de um fim de semana difícil na Estíria
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Miguel Oliveira (Lusa)
Miguel Oliveira (Lusa)

Miguel Oliveira confessou-se “desapontado por não terminar” o GP da Estíria de MotoGP deste domingo depois de um fim de semana de sofrimento com o pulso magoado devido à queda de sexta-feira e cujo esforço para alinhar na corrida acabou por ser “em vão” por causa de “um problema num pneu”.

O piloto português da KTM explicou em declarações na sua página oficial que não podia ter ficado mais desiludido depois de um fim de semana em que ainda resistiu a uma corrida com duas partidas – por causa do acidente com Dani Pedrosa (KTM) e Lorenzo Savadori (Aprilia) –, mas acabou ‘traído’ pelo que já não dependeu de si.

“Senti que a 'segunda' corrida estava a correr um pouco melhor para mim, consegui encontrar melhores linhas e ganhar algumas posições. Atrás do Brad [Binder, colega na KTM] estava a gerir os pneus até começar a sentir muita vibração, pelo que tive de abandonar a corrida com um problema num pneu. É desapontante, porque sinto que todo o esforço foi em vão, para nada. Não teríamos conseguido o melhor resultado este fim de semana, mas poderíamos ter terminado com um bom 'top-ten' depois de tudo o que aconteceu.”

Sublinhando o sentido aumento de competitividade após a segunda partida, o Falcão explicou em entrevista ao MotoGP que estava a sentir-se “bem” em pista, mas que, “três voltas antes de abandonar” começou a sentir também “uma vibração crescente na moto”.

“Não conseguia perceber bem de onde vinha, mas assim que parei ficou claro que vinha do pneu da frente. Tivemos de abandonar a corrida. É uma pena para nós porque, não sendo algo que prevêssemos, vínhamos insistindo para ter um composto mais duro para a frente que pudesse ser mais competitivo para nós”, detalhou o piloto da KTM

“Também percebemos que talvez tenhamos de aprender a correr com compostos mais macios à frente, mas neste momento é muito difícil mudar a filosofia de uma moto inteira. Há três escolhas por uma razão e cada escolha deve satisfazer cada fabricante à sua maneira e, nesta altura, numa corrida em casa, é claro que nos sentimos com uma série de potencial por atingir.”

Esperando “virar o resultado ao contrário” e conseguir “bons pontos” na segunda corrida seguida em casa, no próximo fim de semana, com o GP da Áustria, novamente no Red Bull Ring, Miguel Oliveira revelou que, depois da queda de sexta-feira, no sábado de manhã equacionou “não sair de todo para a pista”.

Acabando por conseguir fazer o dia todo e ser “competitivo”, o piloto português acrescentou que o Warm Up da manhã de domingo, já “a sentir o pulso melhor”, mas com a pista molhada, “não deu para perceber quão difícil seria na corrida”. “Mas com uma corrida em piso seco senti-me bastante bem, para ser honesto. Não sei como seria com mais voltas, pois fiz apenas algumas, mas espero estar em forma para o próximo fim de semana”, assumiu.

Na sua página oficial, Oliveira reforçou a esperança de voltar menos condicionado e mais forte no GP da Áustria.

“O pulso está a melhorar de dia para dia e tudo o que estamos a fazer na sua recuperação está a resultar. Espero poder recuperar a melhor forma possível ao longo da semana, antes da segunda corrida aqui em Spielberg.”

O GP da Áustria é a 11.ª prova da temporada e realiza-se no fim de emana de 13 a 15 de agosto. Miguel Oliveira ocupa o sétimo lugar do Mundial de MotoGP com 85 pontos, a 87 pontos de Fabio Quartararo (Yamaha).

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